O evento, que ocorreu em Brasília, marca o reencontro da FENAM, do CFM, da AMB e da FMB
No segundo dia do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), que ocorreu na Associação Médica de Brasília (AMBr), mais de 200 participantes debateram o eixo “Assistência Médica à Saúde no Brasil”. Nos subtemas, outros assuntos, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o financiamento e os modelos de gestão também fizeram parte da pauta.
O ortopedista Carlos Alfredo Lobo abriu o segundo dia de palestras com o tema “ANS e a Assistência Médica”. Segundo ele, desde que foi estruturada, a agência atua muito mais em prol das operadoras dos planos de saúde do que dos médicos prestadores de serviços e dos próprios usuários.
Em seguida, o membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho, palestrou sobre “Financiamento” e mostrou que, de 2003 a 2017, o Ministério da Saúde deixou de aplicar R$ 74 bilhões no SUS. “Esse dinheiro retorna ao Tesouro e, com isso, dá para a gente medir a competência administrativa dos nossos ministros e pessoal do segundo escalão”, disse.
Na palestra sobre “Modelos de gestão”, o representante da Federação Médica Brasileira (FMB), Eduardo Santana, ressaltou que “não existe um modelo de gestão ideal para o SUS”. Para ele, nem a centralização e nem a descentralização são ideais. “É necessário um modelo conjunturado de acordo com o período atual, que olhe e trate as necessidades das pessoas. Os modelos apresentados a nós até hoje foram maniqueístas”, afirmou.
É importante lembrar que, após os debates do ENEM, os organizadores vão produzir um documento final, com todas as moções aprovadas, para encaminhar às autoridades e também aos candidatos a presidente, a deputado, a senador e a governador estadual no pleito de outubro deste ano.
