O XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM) reúne delegados da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Federação Médica Brasileira (FMB). O evento está acontecendo em Brasília nos dias 26 e 27 de junho, no auditório da Associação Médica de Brasília (AMBr).
Durante os dois dias de ENEM, os Delegados vão analisar e discutir temas como: Formação Médica (Graduação, Pós-Graduação e Exames de Avaliação para o Exercício Profissional); Mercado de Trabalho do Médico (Prestação de Trabalho no SUS, como o Mais Médicos Impacta o Mercado de Trabalho, Sistema Suplementar de Saúde, Carreira de Médico de Estado); e Assistência Médica à Saúde no Brasil (Modelos de Gestão de Sistemas de Saúde, Financiamento, ANS e a Assistência Médica).
No final do ENEM, os participantes reunirão em um documento único as principais conclusões do Encontro. O relatório final será encaminhado às autoridades e também aos candidatos a cargos eletivos nas Eleições Gerais de 2018. O objetivo é contribuir com a formulação de iniciativas de defesa da saúde e da medicina em todo o território nacional.
Para Lincoln Lopes Ferreira, presidente da AMB, historicamente a união das entidades médicas tem sido fundamental para obter conquistas importantes, como a moratória das escolas de medicina e o decreto das especialidades.
“Agora temos a oportunidade de discutir grandes temas de interesse das entidades médicas e do País. O Enem é um momento especial para debatermos a obrigatoriedade do Exame Nacional de Proficiência em Medicina; a Carreira de Médico de Estado e o Revalida, além de outros temas, e definirmos estratégias para garantir dignidade ao médico e à medicina, assim como uma saúde de qualidade para a população brasileira”, acredita o Dr. Lincoln Ferreira, Presidente da AMB.
Principais temas ” Os eixos temáticos da programação indicam que a formação dos médicos será um dos pontos centrais dos debates. Atualmente, há 304 escolas médicas no Brasil, que oferecem um total de quase 29 mil vagas apenas no primeiro ano de curso. Além do excesso de escolas, dentre os problemas que preocupam as lideranças estão a insuficiência dos ambientes de práticas e os sistemas de avaliação dos estudantes e das escolas médicas.
Outros temas que devem se destacar no programa é a necessidade de adoção de uma política de financiamento adequado do Sistema Único de Saúde (SUS); a inserção do médico no mercado de trabalho; a criação de uma carreira de estado para o médico que atua no SUS; os problemas decorrentes da precarização dos contratos de trabalho; e o fim dos abusos das operadoras de planos de saúde.