A exposição a agentes cancerígenos no trabalho e ambiente foi tema de um seminário que reuniu médicos e profissionais da área da saúde, nesta semana em Porto Alegre. O objetivo foi estabelecer um processo de educação continuada sobre a importância da vigilância do câncer ocupacional e ambiental. O seminário, que teve a Secretaria Estadual da Saúde, como um dos promotores, ocorreu na sede do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul.
A proposta foi oferecer aos participantes pesquisas e dados que permitam subsidiar intervenções precoces e/ou interrupção das fontes de risco, assim como a evolução da doença e ocorrência de novos casos. Os profissionais também foram orientados quanto ao diagnóstico, vigilância epidemiológica e processo de trabalho junto à população exposta.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que a exposição a carcinogênicos no ambiente de trabalho representa 4% dos casos de cânceres que podem ser evitados. Se analisados os números de 2012, quando foram registrados 518 mil novos casos da doença no país, pelo menos 20 mil deles decorreram do ambiente de trabalho.
O seminário foi uma iniciativa conjunta do Centro Estadual da Vigilância em Saúde (Cevs) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Laboratório Central do Estado (Lacen-FEPPS), Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Santa Cruz e Santa Maria, Ministério da Saúde (por meio do Instituto Nacional do Câncer, Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz e Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador). Também são apoiadores o Conselho Regional de Medicina (Cremers), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
