80% das amputações acontecem como consequência da doença. Clínica em Curitiba oferece atendimento pioneiro a amputados.
Na semana em que se reforça o alerta sobre a diabete, um dado mostra o quanto esta doença silenciosa pode ser perigosa. Segundo o SIHSUS, no Brasil, de 2008 a 2015, foram registrados 361.585 procedimentos de amputações de membros inferiores e superiores. E a diabete é a causa principal, sendo responsável por 80% deles, segundo divulgou a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). E isso acontece em decorrência da doença arterial periférica, típica da diabete e que ocasiona o chamado pé diabético. Ou seja, há uma predisposição a desenvolver úlceras e infecções, o que pode levar à amputação.
No entanto, a amputação pode ser evitada com alguns cuidados básicos, como o uso de sapatos adequados, consultar o médico regularmente e, sobretudo, não fumar. Mas, muitas vezes, a falta de cuidado pode levar à amputação. “O número de pessoas que sofrem amputações em decorrência da diabete ainda é assustador, mesmo com campanhas e acompanhamento médico”, afirma Gustavo Franco, gerente da unidade da Ottobock Clinical Services em Curitiba. A clínica, que inaugurou na cidade em Curitiba, é referência na reabilitação a amputados e líder mundial no mercado de próteses e órteses.
“Aqui na nossa clínica quase 70% dos pacientes que recebemos sofrem amputação em decorrência da doença. E o processo de recuperação deve ser completo, aliando tecnologia e acompanhamento frequente”, conta Gustavo.
Reabilitação como aliada
O processo de reabilitação no período pós-amputação deve ser cauteloso. A Ottobock desenvolve um trabalho baseado num protocolo internacional e que segue nove passos, incluindo a fabricação de uma prótese personalizada, desenvolvida exclusivamente para o paciente que teve um membro amputado.
“Quando o paciente chega à clínica, ele geralmente está muito abalado, o que é bem normal. E toda a equipe da Ottobock está preparada para recebê-lo da melhor forma, realizando com ele uma pré-avaliação, ouvindo as expectativas do paciente e envolvendo-o na escolha da sua prótese. Assim, todo o trabalho é desenvolvido com o objetivo de atender a demanda do paciente, preparando o seu corpo para receber a prótese, e realizando um trabalho de fortalecimento muscular, habilidade e confiança para que a prótese passe a ser uma extensão do seu corpo”, explica a fisioterapeuta da clínica, Rafaela DeConti.
A prova de como a marca é comprometida com o processo de reinserção de seus pacientes é a parceria que ela mantém com o Comitê Paralímpico e o grande número de embaixadores paratletas que a marca possui, como Lars Grael, Edson Dantas, Fernando Fernandes, Pauê, entre outros. “Dentro do esporte, como profissional, estar relacionado a maior empresa de próteses e que trata a reabilitação como prioridade, trazendo para a discussão um assunto que eu vivo me inspira a poder somar ainda mais e poder contribuir para que outras pessoas possam passar por esse processo”, contou Pauê, considerado o primeiro surfista biamputado e que, além de utilizar as próteses da Ottobock passou pelo processo de reabilitação, que o auxiliou muito na conquista das suas várias medalhas.