O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), por meio da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS), realiza de 8 a 19 de junho, mais uma força-tarefa de combate à dengue. Para executar a operação, quatro equipamentos de pulverização de inseticidas costais, duas caminhonetes, inseticidas e sete agentes de endemias serão deslocados ao município de Sarandi, que pertence a 15ª Coordenadoria Regional de Saúde. As ações têm caráter preventivo e a finalidade de evitar a ocorrência de novos casos de dengue na região, pois Sarandi está localizado no Norte do RS, que juntamente com a Região Noroeste, concentra municípios com maior incidência da doença e os mais altos índices de infestação por Aedes aegypti. Além disso, duas rodovias, a RS 404 e a BR 386, cortam o município, com tráfego intenso de veículos e circulação de pessoas, que são fatores de risco para a expansão do vírus no Estado.
O índice de infestação predial do Aedes aegypti em Sarandi, que aponta a presença de larvas do mosquito em 3,33% dos imóveis, é outra situação considerada de alerta para a dengue. Os dados são do Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Dengue (SIS-PNCD) que tem como principal objetivo monitorar, em tempo hábil, todas as ações de saúde e a situação epidemiológica da doença em cada município.
A diretora do Cevs, Denise Sarti, e a diretora da DVAS, Rosane Prato, participaram, na semana passada, de reuniões com secretários de saúde, prefeitos, delegados de saúde e servidores da área de vigilância de municípios da 15ª CRS , com sede em Palmeira da Missões, e da 19º CRS, com sede em Frederico Westphalen. A iniciativa faz parte da estratégia do Cevs de monitorar e acompanhar a situação da doença no Estado, desenvolvendo ações suplementares e conjuntas com as CRSs e municípios com a finalidade de conter a expansão da doença.
“Este é um esforço permanente, pois a prevenção da dengue depende de ações contínuas de eliminação de focos do mosquito transmissor e do controle de casos da doença”, disse a diretora do Cevs. Segundo ela, já estão previstas reuniões no mês de junho em São Borja e Pelotas. Denise Sarti explica que os municípios estão sendo orientados para a realização de mutirões de limpeza durante o ano todo, além da manutenção das ações dos agentes de endemias no controle de focos do mosquito transmissor da doença e da orientação da população sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar o acúmulo de água parada.
A diretora lembra que, além da dengue, o Aedes aegypti é vetor para a transmissão de febre amarela, chikungunya e do vírus zika, que chegou ao Brasil e hoje já circula no Estado da Bahia. “Por ser vetor para quatro doenças diferentes não podemos baixar a guarda na luta pela eliminação de focos do mosquito”, finaliza.
Até sexta-feira (22), foram confirmados 1.095 casos de dengue no Rio Grande do Sul. Destes, 143 (13,06%) são importados (contraídos fora do Estado) e 952 (86,94%) são autóctones (contraídos no RS).