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Saúde da mulher e descriminalização médica: deputada Any Ortiz conversa com Diretoria da AMRIGS sobre parto seguro, bem-estar materno e luta contra o termo “Violência Obstétrica”

Os cuidados com a saúde da mulher, direitos da gestante e um parto seguro são fundamentais não apenas para o bem-estar da mãe, mas também para a saúde do bebê e o desenvolvimento saudável da família como um todo. Tais tratamentos não se resumem ao período gestacional, englobam um período contínuo, desde um serviço de saúde de qualidade, cuidados médicos adequados e de confiança, até o apoio emocional.

Estes temas foram pauta da reunião de Diretoria da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) nesta segunda-feira, 29 de abril, com a presença da deputada federal Any Ortiz (Cidadania–RS), titular e relatora da Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna da Câmara dos Deputados.

Durante o encontro, foi levantado o uso do termo “violência obstétrica”, classificado pelos presentes como equivocado e, portanto, sugerida a mudança da expressão para “violência contra a mulher”.

“Sabemos que há mulheres que têm experiências muito ruins e elas não começam na sala de parto. A expressão ‘violência obstétrica’ dá a ideia de que só o obstetra é o causador deste cenário hostil”, conta a parlamentar, mãe de dois filhos.

“Não podemos criminalizar a obstetrícia como um todo, mas sim atos e ações específicas”, evidenciou o Dr. Carlos Henrique Mascarenhas Silva, diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), enfatizando que as entidades médicas defendem a boa assistência à mulher.

Segundo o estudo de Demografia Médica divulgado em 2023 pela AMB, o Rio Grande do Sul, com sua população na faixa de 11 milhões de pessoas, tem 22,1 ginecologistas e obstetras a cada 100 mil habitantes. No Brasil, o número de especialistas na área, até 2022, era de mais de 37 mil.

“É importante destacar que a maior parte dos obstetras são mulheres”, ressaltou o deputado estadual Dr. Thiago Duarte.

O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., completa:

“Em 2024, as mulheres médicas serão a maioria em todas as especialidades”.

Além da mudança do termo, o grupo, reunido de forma híbrida (presencialmente na sede da AMRIGS, em Porto Alegre, e online), também defendeu três principais itens para assegurar a saúde feminina e materna, sendo eles, assistência ao pré-natal, assistência ao parto e planejamento familiar.

Também participaram da reunião o presidente da Associação Médica Brasileira, Dr. César Fernandes; o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (SOGIRGS), Dr. Lucas Schreiner; o presidente da Unicred Porto Alegre, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dr. José César Boeira; a diretora de Defesa e Valorização Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Dra. Lia Damasio.

Fonte: Ana Carolina Lopes/ASCOM AMRIGS
Fotos: Ana Carolina Lopes/ASCOM AMRIGS

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