Rio Grande do Sul registra a menor taxa de mortalidade infantil da história

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Rio Grande do Sul registra a menor taxa de mortalidade infantil da história

A Secretaria da Saúde (SES) divulgou, em solenidade no Palácio Piratini nesta quarta-feira (6), os índices de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, que em 2015 apresentou a menor taxa da história, 10,1 para cada mil nascimentos. Durante o evento, que contou com a participação do governador José Ivo Sartori, também foram entregues certificados de mérito aos municípios e coordenadorias regionais de saúde que obtiveram os menores coeficientes de mortalidade infantil em 2015.
A taxa ou Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) é definida pelo número de óbitos de crianças ocorridos antes de completar um ano de idade, para cada mil nascimentos, durante o período de um ano. As principais causas de óbito infantil estão relacionadas com a prematuridade, as infecções, as malformações congênitas e asfixia perinatal.
A redução do coeficiente de mortalidade infantil do estado superou inclusive a meta pactuada dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que pretendia alcançar um CMI de 15,7 em 2015, em nível nacional.
Sartori falou que este é o resultado de uma construção histórica e que serve de exemplo para todos os municípios. “Reduzir a mortalidade infantil no estado e certificar municípios e coordenadorias regionais de saúde por suas ações é reconhecer o esforço para qualificar o atendimento e capacitar o setor”, destacou. O governador também salientou que o trabalho que vem sendo desenvolvido no estado é motivo de orgulho para todos e que “uma sociedade desenvolvida tem que ter uma boa organização na saúde”, afirma.
Conforme a secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a grande ação responsável pela qualificação assistencial e decorrente redução da mortalidade infantil nas coordenadorias premiadas foi a desativação do parto em hospitais de pequeno porte. Essa ação proporciona nascimentos seguros em estabelecimentos adequados e com profissionais capacitados.
“Há mais de 20 anos, o Rio Grande do Sul tem meta de alcançar as taxas de mortalidade infantil com apenas um dígito. Ainda não conseguimos, mas chegamos perto”, destacou. Gabbardo também frisou que desde 2003 o Estado vem reduzindo o coeficiente da mortalidade infantil, envolvendo ampliação do acesso aos serviços de saúde, implantação de equipes de saúde da família, qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao nascimento, regionalização do parto, organização e ampliação da rede de cuidados intensivos neonatais e pediátricos, acompanhamento do desenvolvimento infantil, dentre outras tantas iniciativas implementadas.
O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, falou em nome dos municípios homenageados e citou as pessoas anônimas que trabalham para ajudar o Rio Grande do Sul a chegar nesses indicadores notáveis, sejam agentes de saúde, enfermeiros, técnicos ou médicos. “Superando todas as dificuldades existentes conseguimos fazer, com parceria efetiva e construção coletiva, os resultados positivos. Aqui se revela que com o pouco de cada um se constrói o muito de todos”, afirmou. 
Certificados de mérito
Os municípios de Gravataí, Santa Cruz do Sul, Canguçu, Farroupilha, Taquara, Guarani das Missões e Santa Maria, e as Coordenadorias Regionais de Saúde de Frederico Westphalen (6,38), Santa Maria (CMI 7,47) e Palmeira das Missões (7,48) foram os agraciados com os certificados de mérito. 
Histórico de coeficientes de mortalidade infantil (óbitos/mil nascidos vivos)
Na década de 1970, perdíamos 50 crianças a cada mil nascimentos. Nas décadas de 1980 e 1990, todos os esforços se concentraram na redução das doenças diarréicas e respiratórias, e o coeficiente foi reduzido para 16 óbitos.
2000 ” 15,1
2001 ” 15,7
2002 ” 15,6
2003 ” 15,9
2004 ” 15,2
2005 ” 13,6
2006 ” 13,1
2007 ” 12,7
2008 ” 12,8
2009 ” 11,5
2010 ” 11,2
2011 ” 11,4
2012 ” 10,7
2013 ” 10,5
2014 ” 10,6
2015 ” 10,1

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