Registrado primeiro caso autóctone de dengue em 2019 no RS

Notícias

Categoria:

Compartilhar:

publicada em

Registrado primeiro caso autóctone de dengue em 2019 no RS

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou nesta quinta-feira (24) um caso de dengue no município de Panambi. É o primeiro caso autóctone confirmado em 2019, que é quando a doença é contraída dentro do Estado. O Rio Grande do Sul não havia tido nenhum caso autóctone ao longo de todo o ano de 2018.

Além desse, outros três casos de dengue também foram confirmados em residentes dos municípios de São Luiz Gonzaga e Sete de Setembro (com dois casos). Esses se referem a residentes do Estado mas que contraíram a doença em viagens a outras regiões do país.

O verão é a época do ano mais propícia para a circulação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti, em virtude do aumento da temperatura e chuvas. Para o reforço nas ações de controle ao vetor, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, anunciou nesta semana o repasse de R$ 2,4 milhões para 232 municípios gaúchos com risco maior de infestação.

Nos quatro casos confirmados (um autóctone e três importados), os municípios já começaram as ações de bloqueio, que consistem na aplicação de larvicida num raio de 300 metros das residências dos casos, além da busca ativa de focos de larvas do inseto.

A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri, ressalta que as três cidades fazem parte da Região Noroeste do Estado, que é a com maior incidência de municípios considerados infestados (que identificaram a presença de focos de larvas do Aedes aegypti nas ações de busca ativa ao menos uma vez nos últimos 12 meses).

“Ao todo, 319 cidades gaúchas atendem esses critérios para serem classificadas como sendo infestadas pelo mosquito. Isso significa que, caso alguém venha de fora com a doença, nesses municípios pode haver o contágio de mais pessoas, pois temos ali a presença identificada do mosquito transmissor”, destaca Tani.

Dengue no Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, o país registrou ao longo do ano passado mais de 247 mil casos prováveis de dengue, que se referem ao total de casos notificados (suspeitos) excluindo os descartados por diagnóstico laboratorial negativo ou diagnosticados para outras doenças. Os estados com maior incidência da doença são Goiás, Rio Grande do Norte e Acre. O Rio Grande do Sul foi, em 2018, o com menor incidência no país.

Zika e chikungunya

Não houve no Rio Grande do Sul, até o momento, nenhum caso confirmado (autóctone ou importado) de zika vírus ou febre chikungunya, que são as outras duas doenças que o mosquito Aedes aegypti pode transmitir. Contudo, ambas também apresentam alta circulação em outras regiões do país. No ano passado, foram mais de 64 mil casos de chikungunya confirmados no país e 3,6 mil de zika.

Medidas de prevenção contra o mosquito

A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada do Aedes aegypti. O inseto tem, em média, menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada, que é onde ele deposita os ovos. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do inseto. Entre as medidas, recomenda-se:

– Tampar caixas d’água, tonéis e latões;

– Guardar garrafas vazias viradas para baixo;

– Guardar pneus sob abrigos;

– Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia;

– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;

– Manter lixeiras fechadas;

– Manter piscinas tratadas o ano inteiro.

Os principais sintomas da dengue:

– Febre alta (maior que 38.5°C), de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias;

– Dores musculares intensas;

– Dor ao movimentar os olhos;

– Mal-estar;

– Falta de apetite;

– Dor de cabeça;

– Manchas vermelhas no corpo;

– Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Rovani Moreira de Freitas/Ascom Saúde

Foto: Divulgação/SES

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira outras notícias

plugins premium WordPress