A partir de 2017, a região central do do Rio Grande do Sul deverá contar com uma unidade hospitalar que será referência em neurologia e traumatologia: o Hospital Regional de Santa Maria. Nesta sexta-feira (16), o governador José Ivo Sartori acompanhou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, em visita à unidade que fica no bairro Pinheiro Machado. A gestão será feita pelos hospitais Sírio-Libanês, de São Paulo, Mãe de Deus e Moinhos de Vento, ambos de Porto Alegre.
O governador lembrou que o hospital é uma demanda antiga da região, e deve começar a operar de forma gradativa. Esta pode ser a primeira estrutura de saúde compartilhada por organizações, sejam elas públicas ou privadas. Sartori acrescentou que o governo encaminhou à Assembleia Legislativa um conjunto de medidas para enfrentar a crise das finanças e garantir atendimento qualificado nas áreas consideradas essenciais, como Saúde, Segurança, Educação, Infraestrutura (estradas) e Políticas Sociais.
Segundo Sartori, numa época de dificuldades, como a que o Rio Grande do Sul enfrenta, agravada pelo cenário econômico nacional, os sacrifícios têm de ser compartilhados, a exemplo das propostas que devem entrar em votação nos próximos dias no Parlamento estadual. “Eu fiz um apelo aos deputados para que não pensem só no momento, na ocasião. Pensem naqueles que pagam tributos, que precisam de mais saúde, olhem para os 11 milhões de gaúchos. É para o futuro do Rio Grande”, afirmou.
O prefeito de Santa Maria, José Haidar Farret, elogiou a coragem para salvar o Estado, ressaltando que muitas ações serão para uma “colheita no futuro”.
O secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, explicou que o Hospital Regional terá equipes que poderão se deslocar para dar apoio e aperfeiçoar atendimento em outras unidades. “Será um modelo para o país na assistência e na gestão”, assinalou.
A unidade receberá R$ 5,9 milhões do governo federal para estruturar a gestão. O trabalho do Sírio-Libanês inclui a capacitação da equipe local e acompanhamento da operação do hospital até sua estabilização, definição de serviços e plano de investimento, entre outras atividades, garantindo a sustentação econômica e financeira, além de ajudar na definição do modelo assistencial. O Hospital Regional será referência em procedimentos de alta complexidade e reabilitação física, para a população de 40 municípios do Centro e do Oeste do Rio Grande do Sul.
Também estiveram presentes no ato, o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, o deputado federal Darcísio Perondi, o secretário da Segurança Pública, Cézar Schirmer, o representante do Sírio-Libanês, Fernando Torelli, o representante do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, além de lideranças da região.
Infraestrutura
Em uma área de 20 mil metros quadrados, o Hospital Regional conta com 176 leitos de internação e 37 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adultos, pediátricos e semi-intensivos. Segundo o Ministério da Saúde, quando todos os leitos estiverem em operação, a expectativa é realizar 19,8 mil atendimentos mensais, incluindo 663 internações e 9,2 mil atendimentos ambulatoriais.