Projeto monitora circulação do vírus da febre amarela no noroeste do RS

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Projeto monitora circulação do vírus da febre amarela no noroeste do RS

A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS) do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) realiza a segunda etapa do monitoramento da circulação do vírus da febre amarela entre macacos (bugios) no município de Santo Antônio das Missões, no noroeste do Estado, entre os dias 14 e 20 de junho. A atividade integra o projeto “Dispersão da febre amarela entre primatas não-humanos durante epizootia (morte ou adoecimento de macacos) no Rio Grande do Sul: entendendo o papel dos fatores ambientais,da paisagem e da presença de animais imunes para propor cenários futuros de reemergência da doença”.
O trabalho, iniciado em novembro de 2014, terá duração de dois anos e será realizado em três áreas de mata. Estão previstas quatro atividades de captura de bugios e coleta de sangue e soro desses animais para envio a laboratório. O monitoramento é uma parceria do Cevs com a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde e do Instituto Evandro Chagas, laboratório de referência nacional para a febre amarela.
“O monitoramento da febre amarela entre bugios permite que medidas de proteção e controle da disseminação da doença na população humana possam ser tomadas em tempo oportuno”, explica Marco Antônio Barreto de Almeida, biólogo do Cevs. Segundo ele,uma melhor compreensão da dinâmica da circulação do vírus em áreas rurais pode contribuir para indicar locais de maior risco para o surgimento da doença.
Almeida destaca ainda que, quando o vírus atinge uma determinada região, o bugio é uma das primeiras espécies a contrair a doença. O animal não é vetor, mas funciona como evento sentinela, pois, contrai o vírus de maneira semelhante aos humanos, pelo mosquito transmissor da doença. Nestes casos, o adoecimento e morte do bugio serve de alerta para a febre amarela. O Rio Grande do Sul viveu uma situação grave de circulação de vírus, nos anos de 2008 e 2009, atingindo centenas de bugios e causando 21 casos humanos e nove óbitos em municípios do noroeste e centro do Estado.
A ação será executada por equipe composta por três veterinários, dois biólogos, agentes de campo do Cevs e de coordenadorias regionais de Saúde. Também integram a equipe médicos-veterinários da Secretaria Estadual de Meio Ambiente,do Laboratorio de Eco-Epidemiología, Departamento de Ecología, Genética y Evolución Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires.

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