Porto Alegre é exemplo internacional em segurança do paciente

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Porto Alegre é exemplo internacional em segurança do paciente

Três instituições buscaram certificações externas na busca pela redução de riscos em procedimentos médicos
Dados de um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mostram que complicações pós-operatórias afetam até 25% dos pacientes internados e ilustram a preocupação de instituições e profissionais com o tema. Para reduzir esses índices, medidas internacionais foram desenvolvidas com o intuito de garantir a segurança do enfermo.
Em Porto Alegre, três instituições (Moinhos de Vento, Hospital Mãe de Deus e Hospital de Clínicas) são consideradas como exemplo positivo na busca do gerenciamento de riscos.
– Quando se chega a uma determinada referência, devemos identificar como está a situação deste fenômeno em cada instituição. Do ponto de vista de serviço de saúde e segurança, estes hospitais viram que era necessário buscar uma certificação externa e tornaram-se um exemplo internacional em qualidade e segurança ” afirma o psiquiatra e mestre em Administração, Antônio Quinto Neto.
O assunto foi abordado durante curso promovido pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). O ponto ganhou destaque a partir de 2003, quando a OMS passou a considerar a segurança do paciente uma questão de saúde pública. Desta forma, foram desenvolvidas sete medidas internacionais: identificação do paciente; comunicação entre os profissionais; indicação e administração de medicamentos; queda; cuidados da ocorrência de úlcera por pressão; lavagem das mãos e verificação de cirurgia segura.
– Vários equipamentos estão sendo desenvolvidos com mecanismos que reduzem a possibilidade de ocorrer incidentes. Os mais avançados gravam a sequência do procedimento com imagem e som, possibilitando o retorno e avaliação caso ocorra algum erro ” complementou o médico.
No Brasil, está sendo implementado desde 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com o propósito de colocar em prática as medidas indicadas pela OMS, além de exigir uma maior organização nas instituições, com mensuração e comunicação de eventos. Para Neto, esta é uma mudança fundamental na cultura do serviço de saúde para a redução dos índices de complicações médicas nos pacientes.
O curso promovido pela AMRIGS ocorreu no sábado (12/08), reunindo profissionais de diferentes funções e formações acadêmicas.

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