Sarampo é um vírus altamente contagioso e a infecção causada por ele pode ter sérias consequências para a saúde, sobretudo das crianças menores de um ano, podendo levar à morte. Mas, a boa notícia é que, mesmo sendo uma doença grave, é possível combatê-la com a vacina.
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças, a forma mais eficaz de proteger crianças, adolescentes e adultos. Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância e produz uma defesa, os anticorpos, e são esses anticorpos que permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro.
É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Pensando em proteger as crianças contra o sarampo, o Ministério da Saúde passou a recomendar uma dose extra, chamada de dose zero. Essa dose é temporária para bebês de 6 meses até 11 meses e 29 dias de idade e não deve ser considerada para rotina do Calendário Vacinal. A vacina contra o sarampo é altamente eficaz e tem salvado muitas vidas.
E a partir de hoje (07), a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo será dividida em duas fases. A primeira vai de 7 a 25 de outubro e irá imunizar crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, com o dia D de vacinação no dia 19 de outubro. Já a segunda fase, prevista para iniciar no dia 18 e novembro, será direcionado para adultos na faixa-etária de 20 a 29 anos que não estão com a caderneta de vacinação em dia.
“Vacina é um direito da criança. Ela não consegue ir sozinha a uma unidade de saúde para se vacinar. Pais, responsáveis, avós chequem a carteira de vacinação como ato de respeito e de amor”, enfatizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Se estiver incompleta, leve a criança para tomar a segunda dose. Se a criança não tiver tomado nenhuma, ela deve tomar a primeira dose e, na sequência, a segunda”, explicou o ministro.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta a vacina (tríplice viral, tetra viral e dupla viral), que é a única medida preventiva eficaz contra o sarampo. Os três tipos de vacinas previnem o sarampo, entre outras doenças, e todas são ofertadas no SUS em mais 36 mil salas de vacinação do país.
Importância da vacinação
“É muito triste ver pessoas adoecerem por uma doença prevenível por uma vacina disponível no SUS”, lamenta a infectologista Karen Morejon, membro do Comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Para ela, a geração mais nova de pais não viu ou não vivenciou os casos de sarampo porque foi vacinada quando criança. “Eles não sabem da gravidade da doença”, alerta a infectologista.
Os sintomas do sarampo são: febre, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta. Mas o vírus também pode causar pneumonia, dano cerebral permanente, surdez, parto prematuro, bebês com baixo peso ao nascer e morte.
“Alguns pacientes evoluem mal tanto pela infecção viral quanto por uma infecção bacteriana, que aproveita a imunidade baixa naquele momento. Como consequência, a pessoa pode ter pneumonia, sinusite, otite, encefalite, que é um comprometimento cerebral que causa sequelas neurológicas, e surdez”, esclarece Morejon.
A infectologista alerta que não levar uma criança para se vacinar, os responsáveis estão tirando a chance dela de ser protegida. “Protejam o bem que mais amam. O bem que o pai e a mãe mais ama é o filho. Vacinar uma criança é um ato de amor”, orienta Morejon, que ressalta que há vacinas para todas as idades no SUS.
Veja como é o esquema vacinal:
* Aos 12 meses de idade: administrar a primeira dose da vacina Tríplice Viral
* Aos 15 meses de idade: completar o esquema de vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola com a vacina tetra viral
* Entre 5 (cinco) a 29 anos não vacinadas ou com esquema incompleto: devem ser vacinadas com a vacina tríplice viral conforme situação encontrada, considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 (duas) doses de vacina.
* Pessoas de 30 a 49 anos de idade não vacinadas: devem receber uma dose de tríplice viral. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 (uma) dose de vacina tríplice viral;
* Para profissionais de saúde independentemente da idade: administrar 2 (duas) doses, conforme situação vacinal encontrada. Considerar vacinado o profissional de saúde que comprovar 2 (duas) doses de vacina tríplice viral.
Fonte: Luíza Tiné/Blog da Saúde
Foto: Freepik
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