Mulheres na Medicina | O mundo é melhor conosco

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Mulheres na Medicina | O mundo é melhor conosco

Respeito, garra, dedicação, força, delicadeza e atenção com pacientes são características, opiniões, pontos de equilíbrio e denominadores comuns entre as mulheres da medicina. O fenômeno de aumento das profissionais na área vem sendo observado desde 2009. Entre 2010 e 2022, o número de médicas passou de 133 mil para 260 mil. Estudos apontam que, até 2024, elas serão a maioria na profissão.

Neste Dia Internacional da Mulher, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) apresenta as médicas em cargos de liderança na diretoria da entidade. Elas são ginecologistas e obstetras, médicas nucleares, médicas do trabalho, e fazem a diferença exercendo suas vocações de forma exímia, proporcionando atendimentos humanizados, colocando os pacientes em primeiro lugar e fortalecendo a classe médica.

“Eu tenho uma personalidade forte e isso se reflete nas minhas ações. Eu luto com todas as minhas energias para que os pacientes tenham acesso aos melhores procedimentos disponíveis”, conta Dra. Cristina Sebastião Matushita, médica nuclear e diretora de Patrimônio e Eventos da AMRIGS.

Primeira médica da especialidade no país a laudar exames com 18F-PSMA para avaliação de câncer de próstata e de 18F-FBB para avaliação de Doença de Alzheimer, Dra. Cristina é pioneira, mas também tem suas próprias inspirações: Marie Curie, cientista polonesa e primeira mulher vencedora do Prêmio Nobel de Física, e Dra. Anneliese Fischer Thom, uma das primeiras médicas nucleares no Brasil.

“Certamente me posicionar como destaque nacional e internacional em medicina nuclear é motivo de orgulho para mim. Ter conquistado o respeito das pessoas, saber que sou ouvida e que meus pleitos são considerados me dá grande satisfação”, expõe.

A mensagem para futuras médicas é de perseverança e amizade. “Nada vem fácil. Nada acontece por acaso. Esforcem-se. Dediquem-se. E tenham sempre bons amigos e colegas. A medicina é mais fácil, mais agradável e mais completa quando estamos rodeados de quem nos faz bem”.

Para a ginecologista e obstetra Dilma Maria Tonoli Tessari, diretora de Integração Social da AMRIGS, cada um se destaca do seu modo.

“Eu gosto verdadeiramente do que faço. Trabalho bastante e estudo muito”.

O incentivo diário vem de ler entrevistas e ouvir histórias. “Às vezes das próprias pacientes”, exclama. E o traço que mais lhe chama a atenção é a autenticidade de cada busca por inspiração.

Ter exercido vários papéis na Medicina – entre eles professora da Universidade de Caxias do Sul, coordenadora de projetos de pesquisa com a Universidade de Toronto no Canadá, conselheira da Unimed Nordeste RS, médica do Hospital Geral de Caxias do Sul – e na vida particular como mãe, estão entre suas principais conquistas, em sua opinião.

O conselho para as próximas gerações é de que não podemos perder tempo e de que o conhecimento é precioso.

“O tempo passa! Estudem muito e aprofundem-se no verdadeiro sentido da profissão, sem perder o rumo”, alerta.

Para 2024, a projeção feita pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Universidade de São Paulo (USP) é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres. “O cuidar sempre fez parte da natureza feminina com mais facilidade. Talvez por isso as mulheres estão crescendo tanto em número da medicina”, avalia a diretora de Normas da AMRIGS, Dra. Rosani Carvalho de Araújo.

Empatia e afeto também são particularidades dos atendimentos femininos, destacadas pela médica do trabalho. “Percebo um grande diferencial nas mulheres na medicina”, analisa.

As ações encorajadoras para impulsionarem a carreira de Dra. Rosani vieram de perto, de dentro de casa, na figura de sua mãe. “Ela foi e sempre será minha inspiradora. Sempre se colocava disponível a ajudar o outro, principalmente nos momentos de maior fragilidade”.

A presença cada vez maior de mulheres na medicina é um caminho necessário para a humanização das práticas médicas. Os desafios ainda são muitos. Estudos ainda apontam desigualdade de renda entre os gêneros, por exemplo, uma questão que tem sido combatida com empenho.

As trajetórias e especialidades são diferentes, mas a homenagem das três diretoras da Associação Médica do Rio Grande do Sul às mulheres do estado, do país e do mundo ecoa em uníssono:

“Batalhamos seriamente, dia após dia, para cumprirmos nossas legítimas, diversas e importantes responsabilidades. Somos multitarefas e isso faz toda diferença em cuidar de pessoas. Estamos cada vez mais mostrando nosso valor, nossa competência. Sigamos. O mundo é melhor conosco”.

Fonte: Ana Carolina Lopes
Foto: ASCOM AMRIGS

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