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Ministério da Saúde monitora caso suspeito de ebola em Belo Horizonte

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, prestou esclarecimentos nesta quarta-feira (11/11) sobre o caso suspeito de Ebola, identificado em Belo Horizonte. O homem brasileiro, de 46 anos, vindo da Guiné (África), retornou ao Brasil no dia 6 de novembro e começou a apresentar sintomas como febre alta, dor muscular e dor de cabeça no último dia 8. Na noite desta terça-feira (10), às 20h, ele foi atendido da Unidade de Pronto Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte.
Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade e teve início a adoção do protocolo nacional estabelecido para casos suspeitos de ebola. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte comunicou a Secretaria Estadual de saúde e ao Ministério da Saúde. Às 1h46 de hoje, o Ministério da Saúde comunicou a Organização Pan-Americana de Saúde em Washington e a Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil.
O caso está sendo acompanhado pelas equipes de vigilância em saúde do Ministério da Saúde e de Minas Gerais. Todos os pacientes e profissionais da unidade que tiveram contato com ele foram orientados e estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde. O levantamento de outros contatos possíveis já foi iniciado.
O paciente será encaminhado ainda nesta quarta-feira (11) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ), referência nacional para casos de ebola, seguindo protocolo de segurança. A transferência será feita por avião da Força Aérea Brasileira, que decolou da Base Aérea de Brasília com destino à Belo Horizonte levando a bordo uma equipe do SAMU DF, composta por três profissionais (dois médicos e um enfermeiro).
A equipe será a responsável por realizar a transferência do paciente para a unidade da Fiocruz, referência nacional para casos de ebola, seguindo protocolo de segurança. A expectativa é de que a aeronave pouse no Rio de Janeiro às 19h.
Após a internação no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), será colhida amostra de sangue para análise laboratorial. O resultado deverá sair em 24 horas. Caso o primeiro resultado seja negativo, será feito novo exame para confirmação, 48 horas após a primeira coleta. Novamente, o resultado deverá sair em 24 horas.
Só então será possível determinar o diagnóstico do paciente. Até lá, ele seguirá isolado e recebendo todo o acompanhamento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas.
O Ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade que pode chegar até 90%. A doença afeta os seres humanos e primatas não-humanos (macacos, gorilas e chimpanzés). O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados os hospedeiros prováveis do vírus Ebola.
O ebola só é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes. O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas.
Para preservar a privacidade do paciente e direitos legais, as autoridades sanitárias reforçam que o nome do paciente deve ser preservado e não deve ser divulgado pela imprensa e demais mídias.  

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