Evento da AMRIGS destaca o serviço no Transplante de Órgãos em Pediatria do Hospital da Criança

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Evento da AMRIGS destaca o serviço no Transplante de Órgãos em Pediatria do Hospital da Criança

Parceria com a Santa Casa de Porto Alegre promoveu videoconferência gratuita e celebrou lançamento de livro

Para celebrar o lançamento do “Livro de Protocolos da UTI Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio”, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em parceria com a Santa Casa de Porto Alegre, promoveu a videoconferência “Transplante de Órgãos em Pediatria: Esperança em Tempos de Pandemia”.

Com o objetivo de difundir o conhecimento para além do ambiente interno, o livro é coordenado pela Dra. Claudia Pires Ricachinevsky, e reúne as rotinas específicas no Serviço de Pediatria do Hospital da Criança Santo Antônio. O evento contou com a participação e mediação da Dra. Viviane Helena Rampon Angeli, médica pediatra e integrante da equipe de revisoras do livro, além da chefe da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Dra. Aline Medeiros Botta; da Chefe do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Dra. Cristina Targa Ferreira, e da Nefrologista Pediátrica do Serviço de Nefrologia e Transplante Renal Pediátrico do Hospital da Criança Santo Antônio, Dra. Viviane de Barros Bittencourt.

O Hospital da Criança Santo Antônio da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre possui 184 leitos hospitalares, dos quais 40 leitos são de UTI, e atende a faixa etária de recém-nascidos até 18 anos de idade. A chefe da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, Dra. Aline Medeiros Botta, destacou dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e explicou algumas razões que explicam o baixo número de transplantes realizados. De acordo com os resultados de 2018, 1.279 transplantes foram destinados a crianças, mas apenas 600 foram transplantados, 47%. Do total, 429 crianças receberam órgãos de doadores falecidos e 171 de doadores vivos, correspondendo a 28,5% dos transplantes realizados em pediatria. Em dezembro de 2018, 425 crianças aguardavam órgãos.

“Desde o início do programa, realizamos 1,5 transplantes de coração por ano, totalizando 30 transplantes desde 2000. Além da escassez de doadores em idade pediátrica, existem critérios por tipagem sanguínea e compatibilidade de peso, pois o coração do transplantado cresce com o receptor, e o tempo de isquemia de 4 horas também interfere. Além dos pacientes que ingressam na fila de espera e vão a óbito, um dos principais riscos ainda é a rejeição”, comentou Botta.

Segundo a Coordenadora do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Dra. Cristina Targa Ferreira, o número de mortes pediátricas que aguardam transplante hepático foi reduzido drasticamente com a introdução do transplante intervivos.

“O fígado possui a maior capacidade regenerativa de qualquer órgão. Além disso, podemos considerar o transplante intervivos quando o doador falecido não é uma opção e quando não há outras alternativas. O serviço de transplante hepático possui uma taxa de sobrevida de 90% e, dos 50 transplantes que realizamos, 37 foram de intervivos”, destacou.

Já o transplante renal pediátrico teve início no Brasil em 1977. Desde lá até abril de 2021, já foram realizados 848 transplantes. Para a médica nefrologista pediátrica do Serviço de Nefrologia e Transplante Renal Pediátrico, Dra. Viviane de Barros Bittencourt, um dos maiores desafios é lidar com a redução de doadores e com a logística hospitalar e o transporte dos pacientes.

“O ambulatório foi reorganizado, as consultas foram reduzidas, as casas de apoio foram adaptadas e os cuidados com distanciamento foram redobrados. Mas nunca suspendemos um trabalho por causa de equipe ou falta de leito, e o vírus não vai fazer a gente parar. Nosso compromisso é oferecer o único tratamento para insuficiência que é o transplante e ele só tem sentido se possibilitar a reabilitação social para a criança”, concluiu.

O Livro de Protocolos da UTI Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio está disponível para download no site da AMRIGS

Fonte: Fernanda Calegaro
Fotos: Reprodução de imagem 

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