Estados comemoram a ampliação da assistência em hospitais, Santas Casas e UPAs

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Estados comemoram a ampliação da assistência em hospitais, Santas Casas e UPAs

Referência em neurocirurgia e traumatologia, a Associação Educadora São Carlos de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, recebe 100 mil habitantes de 23 municípios. Neste hospital, os atendimentos eram realizados sem a ajuda financeira do Governo Federal. Mas, recentemente, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou uma portaria que autoriza o encaminhamento de recursos federais para os serviços da Unidade. “Não fechamos leitos, apesar das dificuldades financeiras. Agora, esse dinheiro vai ajudar a gente a atender o pronto atendimento. E principalmente as especialidades, porque a gente tem muitos acidentes no litoral. No verão a população é de um milhão de pessoas”, comemora a gestora da Associação Educadora São Carlos de Caxias do Sul, Adiliza Lucia Mendes.
Ministro anuncia recursos para Unidades de Saúde do RS. Foto: Rodrigo Nunes/MS
Assim como o Rio Grande do Sul, vários estados serão contemplados com recursos do Governo Federal para ampliar a assistência à população. Serão habilitados 305 serviços em 229 entidades filantrópicas. Além disso, 99 Unidades de Pronto Atendimento que também não recebiam recursos do Governo Federal serão comtempladas. Como é o caso da UPA de Contagem, em Minas Gerais. A secretária de saúde do município, Silvana Leite, conta que a unidade estava recebendo pacientes há um ano, com custeio total por parte da prefeitura. “Ela tem pra nós um custo elevado e serão um alívio nas contas esses recursos. Ainda mais sendo o último ano de mandato”.
 
Portarias determinam repasses a UPAS e filantrópicos de MG. Foto: Rodrigo Nunes/MS
Este mesmo alívio será sentido no caixa da Prefeitura de Umuarama, no Paraná. “Umuarama é gestão plena e tem as portas abertas para toda região. Então um momento como esse de aporte de recursos é muito importante devido à demanda que é muito grande, especialmente no tratamento contra o câncer”, diz o prefeito da cidade, Moacir Silva.
O Hospital Nossa Senhora das Graças de Apucarana (PR) também está entre os beneficiados. A Unidade é referência em atendimento materno infantil para 30 municípios do estado. “Nós estávamos pleiteando há dois anos e o dinheiro vai ser aplicado na Rede Cegonha”, explica o prefeito do município, Beto Preto.
Minas Gerais é mais um estado contemplado com os recursos federais. O repasse de recursos para os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova, está garantido pelo Governo Federal. O diretor Cristian Passi conta otimista: “Vamos proporcionar esse serviço a mais de 220 mil habitantes de uma macrorregião. Se não fosse esse credenciamento nós, infelizmente, teríamos que fechar esses leitos. A população da nossa região soltou foguete. Nós fizemos festa, porque isso vai garantir atendimento às gestantes de alto risco que antes teriam que rodar até 200 km para vir até Belo Horizonte porque não tinham esse atendimento lá”.
José Álvaro Carneiro, diretor do Complexo Pequeno Príncipe, o maior hospital pediátrico do país, sediado na capital paranaense, Curitiba, defende que o repasse de recursos federais é um reconhecimento ao trabalho prestado. “Reconhece aquilo que a gente vem fazendo a alguns anos que é focar nestas doenças mais difíceis que atingem um em 100 mil. Isso é um indicativo da sensibilidade do Ministério para com a pediatria no Brasil”.
Muito além de contribuir para a saúde do país, esses repasses vão colaborar para a economia brasileira, defende o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Paraná, Flaviano Ventorim. “A gestão pública tem ajudado a gestão privada, porque somos privados, porém grandes parceiros do SUS. Além de gerar saúde, geramos emprego e fazemos a economia girar. Isso é sustentabilidade”, lembrou.
O valor total a ser repassado anualmente às entidades filantrópicas contempladas com recursos federais no país é de R$ 391,5 milhões. Para as UPAs são 145,3 milhões. Dinheiro que está garantido para os próximos anos e não se trata de recurso novo e sim fruto da economia feita nos primeiros três meses de governo. O ministro Ricardo Barros esclarece como as unidades comtempladas foram escolhidas: “não houve escolha política. Foram beneficiados todos os serviços que estavam em funcionamento, sem a nossa contrapartida, até o dia 31 de julho deste ano”.

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