Entidades de Saúde e OAB/RS solicitam audiência com governador do Estado para garantir recursos ao setor

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Entidades de Saúde e OAB/RS solicitam audiência com governador do Estado para garantir recursos ao setor

As entidades médicas, hospitalares e de servidores da saúde, que representam o setor no Estado, juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil/RS, querem uma audiência com o governador José Ivo Sartori para tratar do quadro atual e do futuro da assistência à saúde da população gaúcha. Essa foi a decisão conjunta de todas as entidades, deliberada durante uma reunião realizada na sede da OAB/RS, na noite de quinta-feira. O objetivo do encontro foi debater o corte de 30% dos recursos da Secretaria da Saúde do Estado. Houve uma redução de R$ 103 milhões/mês para R$ 70 milhões. 
O presidente da AMRIGS, Dr. Alfredo Cantalice, alerta que o corte de verba para a saúde pode ocasionar o fechamento de hospitais no interior do Estado e, além da desassistência à população, a demissão de médicos e trabalhadores da saúde.  “Hospitais, médicos, enfermagem, nutricionistas e demais servidores trabalham unidos. Se fechar um hospital no interior é um caos na cidade. Todos perdem, principalmente a população. A AMRIGS está atenda aos problemas que afetam a área da saúde no Estado e se soma ao conjunto de forças públicas em defesa da sociedade gaúcha”.
Após a reunião foi assinado um documento de pedido de audiência, em caráter de urgência, com o governo do Estado. As entidades de Saúde e a OAB/RS buscam evitar o corte orçamentário de 30% dos recursos e requerer ao governador um aporte mínimo ao setor. Também será debatida a necessidade da implantação de um calendário para o repasse de quantias já previstas para 2015 e o pagamento imediato de valores atrasados.
De acordo com o presidente da Federação das Santas Casas, Júlio Dornelles de Mattos, a indefinição em relação ao futuro da saúde desorganizou o sistema. “Entre os meses de novembro e dezembro, os hospitais já alcançavam o valor de R$ 132 milhões de dívidas. Com a ordem da área econômica do governo para que as santas casas e hospitais filantrópicos, prefeituras e outros prestadores de serviços ao SUS trabalhem com uma redução de 30% no volume de recursos, isso certamente poderá resultar no fechamento dos hospitais”, alertou.
Hoje 70% de toda assistência do SUS no Estado é prestada pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos, sendo responsáveis por 520 mil internações/ano. Cerca de 7 milhões de gaúchos só têm acesso ao SUS.

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