Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: um alerta para a importância das medidas preventivas

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Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: um alerta para a importância das medidas preventivas

Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS) reforçam cuidados necessários para combater o fenômeno considerado um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do tema, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado anualmente no dia 26 de abril.

Entre as causas da hipertensão mais frequentes estão a falta de atividade física, a alimentação rica em sódio e alimentos industrializados, fast food e refrigerantes. A obesidade, o fumo e problemas renais também são fatores de risco para a hipertensão.

“Como ela é, muitas vezes, um problema silencioso, pois é assintomática, pode se agravar. As pessoas se enganam quando pensam que dor de cabeça é sinal de pressão alta. A SOCERGS já fez muitas campanhas preventivas em parques, aferindo a pressão, e muitas pessoas que não apresentavam dores de cabeça, eram hipertensas. Por isso, a importância da aferição da pressão periodicamente. Caso seja detectado o problema, será definido um tratamento medicamentoso e também a orientação para mudança de hábitos”, alerta o médico cardiologista e presidente da SOCERGS, Dr. Fábio Cañellas.

É fundamental ressaltar que a hipertensão é um grande fator de risco para as doenças cardíacas. Junto com a diabetes e o colesterol formam os três maiores vilões das doenças cardíacas, que ainda são as que mais matam em todo o mundo, inclusive no Brasil. Quando esses fatores ainda se juntam ao hábito de fumar, o problema se torna maior.

Em que casos se recomenda que o paciente faça um acompanhamento com medições frequentes em casa? Como não ser induzido a erros de interpretação de eventuais variações?

De acordo com o médico Fábio Cañellas, um dos exames mais indicados para avaliar a pressão arterial é a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Esse exame, como o nome diz, irá mapear a pressão arterial da pessoa por 24 horas, enquanto ela está fazendo suas atividades normalmente, inclusive enquanto dorme. Esse exame irá aferir os picos médios de pressão arterial e, caso seja identificado que esse paciente é hipertenso, em muitos casos será indicada a aferição em casa, periodicamente, assim como o tratamento medicamentoso.

A melhor forma de prevenir doenças cardiovasculares é fazer anualmente uma checagem clínica. Embora não exista uma idade que se preconize iniciar o check-up cardiovascular, desde a consulta com o pediatra deve-se fazer uma avaliação cardiológica e medir a pressão arterial da criança. Além disso, é recomendado solicitar exame de sangue para avaliar o colesterol, o diabetes e o índice da obesidade já a partir da adolescência, aos 16 anos.

Atividades físicas

A atividade física é um “medicamento” fácil, barato, à disposição de praticamente todo mundo e que evita sobremaneira a hipertensão, e como consequência, as doenças cardiovasculares. No dia 28 de março foi divulgado estudo publicado na revista JAMA Network Open que comparava pessoas que faziam caminhada com diferentes periodicidades. Foi verificado que aqueles que caminhavam cerca de 6,4 km por semana, algo em torno de 8 mil passos, tinham 14,9% menos probabilidade de morrer por qualquer tipo de doença em um período de 10 anos do que aqueles que não tinham a mesma frequência de atividade física. Esse estudo baliza outros e, inclusive, reforça as recomendações e diretrizes da Sociedade Brasileira e a Americana de Cardiologia, que preconizam a prática de 150 minutos de atividade física por semana, independente se a atividade é distribuída em dois ou mais dias por semana. Ou seja, essa concentração de 150 minutos por semana ajuda a reduzir a mortalidade cardiovascular.

Fonte: Marcelo Matusiak
Foto: AMRIGS 

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