Alerta é da Associação Médica do Rio Grande do Sul
O período de altas temperaturas e muito sol exige um cuidado maior para evitar os casos de desidratação em qualquer pessoa. Porém, no caso dos idosos, é preciso uma atenção especial pela fragilidade do quadro nutricional e imunológico. Os sinais de desidratação surgem quando o corpo usa ou perde mais líquido que o ingerido, com baixa concentração de sais minerais e eletrólitos. A causa mais normal é a pouca ingestão de líquidos, porém o quadro é mais grave quando há um fator associado como exposição ao sol, diarreia ou uso exagerado de diuréticos.
“No idoso estes sintomas podem ser generalizados, como confusão mental, cansaço, dores, câimbras, tonturas, hiporexia (falta de apetite), prostração, pouco volume urinado e urina mais escura, diminuição do tônus cutâneo e boca seca. No adulto jovem, os sintomas são sede, pouca urina, urina escura, cansaço, dores musculares, cefaleia, tonturas e boca seca”, explica o médico geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Secção RS, João Senger.
O idoso pode ser considerado desidratado crônico, pois existe uma mudança proporcional na constituição do corpo com o envelhecimento, na qual há uma troca de massa magra (músculos e ossos) por massa gordurosa.
“Como água e gordura não se misturam, existe uma perda de líquidos no corpo com o envelhecimento. Assim, o idoso desidrata muito mais fácil do que o jovem, pois tem menor proporção de líquidos na sua constituição. Para complicar mais um pouco, os idosos apresentam uma atrofia do centro da sede, que leva a terem menos sede e, geralmente, quando a sentem, já existe um grau de desidratação. Assim, precisamos insistir que tomem líquidos mesmo sem sede. Uma estratégia é determinar uma quantidade de líquidos (água, sucos, chimarrão, etc.) que deva ser ingerida pela manhã, tarde e noite”, completa.
O médico reforça que o diabetes não causa sede, mas quando está sem controle, com aumento dos níveis de glicose, o paciente fica com mais sede, e pode desidratar mais facilmente, em função da alteração da osmolaridade do sangue pela glicemia elevada. Nesses casos, é fundamental controlar a glicemia e promover a hidratação adequada.
Fonte: Ascom AMRIGS
Foto: Depositphotos
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