A mobilização dos médicos do Estado (27.500 em atividade) para buscar nos pacientes o reconhecimento dos sintomas que possam ter origem no uso ativo e/ou passivo de agrotóxicos, com notificação do diagnóstico à Secretaria da Saúde dos casos positivos. Esta será a principal atribuição do CREMERS como membro do Grupo de Trabalho de Intoxicações por Agrotóxicos, formado também pelo Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e Coren/RS.
“Vamos trabalhar no sentido de mobilizar os médicos para a importância de identificar sintomas causados pela intoxicação por defensivos agrícolas com notificação de casos suspeitos. É preciso que os médicos estejam alertas e que façam a notificação à Secretaria da Saúde do Estado RS”, resumiu o presidente do CREMERS, Rogério Wolf de Aguiar, depois da reunião realizada nesta sexta-feira (13), com médicas do CEVS, e com o conselheiro Dirceu Rodrigues, representante do Conselho no grupo.
O Rio Grande do Sul é o quinto Estado em produção agrícola, o quarto em uso de agrotóxicos e o 13º na emissão de notificações à Secretaria da Saúde pelos médicos que atendem pacientes potencialmente expostos.
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Segundo a OMS, a subnotificação de intoxicação por agrotóxicos é de 1 para 50. Ou seja, para cada notificação há 50 casos que não são notificados. Desde o ano passado, conforme portaria nº 1271 do MS, a notificação por intoxicação exógena é obrigatória para todos os profissionais e serviços de saúde públicos ou privados.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde esteve representado na reunião por: Marilina Bercini (diretora), Virginia Dapper (Saúde do Trabalhador), Vanda Garibotti (Vigilância Ambiental) e Regina Michel (Vigilância Epidemiológica).
Seminário
Nos dias 14 e 15 de dezembro será realizado no Cremers um seminário organizado pela Secretaria da Saúde/RS sobre câncer e meio ambiente.
