A atriz Cristiana Oliveira divulgou nas redes sociais um vídeo onde conta o drama da irmã que perdeu a vida por causa da hepatite C. No vídeo, Cristiana faz um alerta sobre a importância de fazer o exame para descobrir a doença e, assim, poder começar o tratamento rapidamente.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de um milhão de pessoas tem Hepatite C, doença silenciosa que pode causar cirrose, insuficiência hepática e câncer, além de ser responsável por cerca de 50% dos transplantes de fígados em adultos.
A doença pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado (transfusão de sangue e hemoderivados, sexo desprotegido e compartilhamento e objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates e tesouras). O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é raro, mas podem surgir em alguns casos. Cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras estão entre os sinais.
Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante fazer exames de rotina. Além disso, toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, a aids e a sífilis. Esse cuidado também é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho.
Pessoas acima de 40 anos, em especial, as que realizaram procedimentos cirúrgicos, transfusão de sangue, antes de 1993, pois o diagnóstico precoce da hepatite C é fundamental. Existem centros de assistência do SUS em todos os estados do país que disponibilizam do teste rápido para a hepatite C, bem como o tratamento. Nos últimos dois anos, mais de 5,5 milhões de testes rápidos para hepatite C foram distribuídos no país.
O objetivo principal do tratamento oferecido no SUS é a erradicação do vírus que causa a Hepatite C. Com ele, o paciente pode aumentar a expectativa, a qualidade de vida e diminuir a incidência de complicações da doença. Umas séries de medicamentos estão disponíveis gratuitamente no SUS, além do acompanhamento por profissionais especializados.
Em outubro de 2015, o Brasil incorporou três novos medicamentos, considerados de ponta, para o tratamento da hepatite C: São eles daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir. As drogas elevam para mais de 90% a taxa de cura da doença, pois o antigo tratamento (Interferon e outros) propiciava a cura entre 40 a 50% Além disso, os novos tratamentos apresentam efeitos colaterais mínimos e proporcionam um tempo menor de tratamento (de 12 a 24 semanas).
Evitar a doença é possível e fácil. Basta não compartilhar com outras pessoas objetos que possam ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes.
Entre as situações de risco para a infecção estão consumo de bebida alcóolica , drogas e ainda a falta de acesso à informação e o uso de insumos de prevenção como preservativos, seringas e agulhas descartáveis. Caso você não saiba onde ter acesso aos insumos de prevenção, ligue para o Disque Saúde (136).