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Cientistas criam droga promissora para barrar doença de Huntington

Pesquisadores do mundo comemoram descoberta, que pode abrir portas para tratar outras enfermidades como Alzheimer e Parkinson
A primeira droga para tratar as causas da doença degenerativa de Huntington, que provoca danos no cérebro, se demonstrou segura e bem tolerada no primeiro teste em humanos, anunciaram os pesquisadores da University College London (UCL). Administrada no fluido espinhal, a substância baixou o nível da nociva proteína huntingtina no sistema nervoso. 
Os testes foram feitos em 46 pacientes com Huntington precoce em nove centros de estudos no Reino Unido, Alemanha e Canadá. Cada participante recebeu quatro doses de uma substância chamada IONIS-HTTRx ou placebo diretamente no fluido espinhal. As doses de IONIS-HTTRx foram aumentadas conforme houve progressão das fases do estudo.  
A diretora do Huntington”s Disease Centre e principal pesquisadora da substância, Sarah Tabrizi, demonstrou empolgação com os efeitos da droga: 
” Os resultados são de extrema importância para pacientes e seus familiares. Pela primeira vez, uma substância reduziu o nível da proteína tóxica causadora da doença, além de se mostrar segura e bem tolerada. A chave, agora, é avançar rapidamente para um estudo maior para avaliar se ela retarda a progressão da doença ” disse ao site da UCL. 
De acordo com o jornal britânico The Guardian, cientistas do mundo todo receberam os resultados com animação, pois a droga é uma versão sintética de DNA, que poderia ser adaptada para atacar outros distúrbios cerebrais incuráveis como Alzheimer e Parkinson. 
A doença 
A doença de Huntington é, de acordo com a Associação Brasil Huntington, uma afecção heredodegenerativa (herdada geneticamente e progressiva) do sistema nervoso central, cujos sintomas são causados pela perda marcante de células em uma parte do cérebro denominada gânglios da base. Com isso, os pacientes têm as capacidades motoras, cognitivas e psiquiátricas afetadas. Sem predisposição para sexo ou raça, os primeiros sintomas começam a aparecer de forma gradual, entre os 30 e 50 anos. 

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