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Ciclo de Palestras AMRIGS alerta para importância da prevenção do câncer colorretal

Evento virtual contou com participação de membros da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Secção RS e Associação Gaúcha de Coloproctologia

Nesta terça-feira (23/03), a Associação Médica do Rio Grande do Sul realizou mais uma edição gratuita do Ciclo de Palestras AMRIGS, desta vez com o tema “Março Azul-Marinho: Câncer Colorretal”, visto que 27 de março é o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino. A iniciativa serve como alerta para a população sobre a importância da prevenção do câncer colorretal, tipo que abrange os tumores com início no intestino grosso.

O evento virtual contou com a mediação da médica gastroenterologista, Cristina Flores, e com o apoio da Associação Gaúcha de Coloproctologia (AGCP), da Sociedade Gaúcha de Gastroenterologia (SGG) e da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Secção RS (SOBED-RS).

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) vinculado ao Ministério da Saúde, no Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses números correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e de 19,03 para cada 100 mil mulheres.

Para o médico gastroenterologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – RS (SOBED-RS), Ari Ben-Hur Stefani Leão, o maior desafio no atual momento, é disseminar o conhecimento sobre o assunto e desmistificar os métodos de rastreamento do câncer colorretal, como a colonoscopia, que permite diagnósticos e o tratamento de lesões cancerígenas precoces.

“Hoje, no Brasil, não há uma política pública de rastreamento do câncer colorretal estabelecida para a nossa realidade nacional. Precisamos que as políticas sejam abertas e o papel de todos os profissionais da saúde é ampliar o conhecimento de boa qualidade para que nossos pacientes tenham o direito de ter esclarecimentos sobre o que é e como prevenir este tipo de câncer”, defendeu.

O especialista explicou que os métodos de rastreamento variam entre pacientes de riscos médio, aumentado ou alto risco. A população em geral possui risco médio e, conforme é proposto pela Associação Americana do Câncer (American Cancer Society), é recomendado que estas pessoas iniciem o rastreio regular aos 45 anos de idade. Segundo ele, dos pacientes que fizeram o rastreamento precoce de câncer colorretal, cerca de 70% a 90% tiveram redução de morte.

“Essa faixa etária varia de acordo com a orientação profissional, questões epidemiológicas locais e características populacionais. Pessoas que possuem histórico familiar de síndromes de câncer colorretal hereditárias ou de doença inflamatória intestinal, possuem alto risco. Por isso, é necessário que façam o rastreamento o mais cedo possível”, alertou.

A médica coloproctologista e membro da Associação Gaúcha de Coloproctologia (AGCP), Karen Delacoste Pires Mallmann, observou que, de um modo geral, a evolução do câncer colorretal demora cerca de dez anos, desde a transformação de um pólipo avançado para um câncer estabelecido e que as questões culturais também influenciam no processo.

“A região Sul possui maior frequência de câncer colorretal devido à alimentação marcada por embutidos e carnes vermelhas. A incidência é semelhante à da população europeia, que apresenta excesso de peso, sedentarismo, tabagismo e alto consumo de álcool. O mais importante é analisar a vida do paciente para ter bons resultados, pois a carga genética vai continuar com ele. Mesmo curado, por exemplo, terá que fazer revisões”, disse.

O câncer colorretal é uma doença de alta incidência e seu desenvolvimento pode ser gradual e não apresentar sintomas. Por isso, os especialistas recomendam o exame diagnóstico precoce e atenção no caso de apresentar sintomas como alterações no ritmo intestinal, dores abdominais e inchaço do abdômen, cansaço, perda de apetite e emagrecimento.

Fonte: Fernanda Calegaro
Foto: Reprodução de imagem

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