O antirretroviral dolutegravir foi incorporado ao SUS a partir de decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), como medicamento de terceira linha no tratamento da infecção pelo HIV.
A terceira linha de tratamento é conhecida como linha de resgate. Ou seja, aquela indicada caso falhe o cuidado do paciente com a primeira e a segunda linhas.
O medicamento deverá estar disponível no SUS em 2016. Até lá, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos será atualizado, incluindo essa nova opção de tratamento.
O dolutegravir apresentou não inferioridade em relação à eficácia do raltegravir, medicamento da mesma classe dos inibidores de integrase, já disponível no SUS. Apresentou-se em todos os estudos com ótima tolerabilidade e mínimos eventos adversos.
O dolutegravir foi incorporado como substituição ao medicamento raltegravir para jovens e adultos (a partir dos 12 anos), sempre que possível. As situações em que o dolutegravir não poderá ser indicado como substituto ao raltegravir serão especificadas nas recomendações atualizadas do PCDT.
Vários países já incorporaram o dolutegravir, como é o caso de Estados Unidos e França. Espera-se que o impacto orçamentário seja até 30% menor que o valor gasto com aquisição de raltegravir.
Conheça o relatório de recomendação de incorporação do dolutegravir.