AMRIGS destaca importância de ações na área da saúde durante Seminário Mudanças Climáticas promovido pelo Ministério Público do RS

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AMRIGS destaca importância de ações na área da saúde durante Seminário Mudanças Climáticas promovido pelo Ministério Público do RS

Entidade médica debate soluções interinstitucionais para amenizar os impactos dos desastres climáticos

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) participou do “Seminário Mudanças Climáticas: as três fases do desastre”, realizado nesta quinta-feira, 21 de novembro, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS). Durante o evento, o conselheiro da AMRIGS, Dr. Airton Tetelbom Stein, destacou preocupações como a precarização do emprego e os desafios relacionados ao bem-estar emocional após desastres naturais.

“Esses fenômenos expõem e intensificam condições de saúde que ficam muitas vezes à margem, como os transtornos psicológicos. É essencial trazer essa pauta para o centro do debate, já que muitas dessas questões permanecem invisíveis, embora afetem milhares de pessoas”, enfatizou.

A participação da Associação Médica do Rio Grande do Sul no seminário evidenciou a relevância de abordar a saúde planetária, tema que será explorado na nova edição da Revista Científica da AMRIGS, com lançamento previsto para 2025, após processo de renovação e modernização.

“O encontro reforçou que o aumento das ameaças associadas a fenômenos climáticos severos exige não apenas planejamento, mas também pesquisas aprofundadas e condutas baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis. A proposta da nossa revista será exatamente essa: envolver especialistas do Brasil e do exterior para contribuir com artigos que ampliem o conhecimento e ofereçam soluções concretas para esses desafios”, explicou Dr. Airton Stein.

O seminário, organizado pelo MPRS com o apoio de instituições como o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), reuniu especialistas e autoridades para debater temas como urbanismo sustentável, gestão de emergências e adaptação às mudanças do clima. Durante a abertura, o Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Sikinowski Saltz, reiterou a necessidade de prevenção como estratégia crucial para mitigar danos irreversíveis.

“Nós sempre defendemos a importância de agir antes que os problemas ocorram. Muitos nos consideraram eco chatos ou pessimistas, mas, infelizmente, o que alertávamos se concretizou: o perigo tornou-se realidade. Agora enfrentamos os desafios da remediação e da adaptação”, afirmou Saltz.

Na palestra de abertura, Joel Avruch Goldenfum, secretário executivo do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, declarou que a pior tragédia é sempre aquela para a qual não estamos preparados.

“Diante de tudo que enfrentamos, precisamos nos perguntar: estávamos realmente prontos para a última enchente? Por uma série de fatores, percebemos que não estávamos”, ponderou.

A programação da manhã incluiu debates sobre integração no sistema de Justiça e estratégias de prevenção. O promotor de Justiça do MPSC e conselheiro do CNMP, Fernando da Silva Comin, abordou a colaboração entre o Primeiro e o Segundo Graus do Ministério Público. Em seguida, o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli, apresentou a situação dos Planos de Contenção às Cheias no Estado do Rio Grande do Sul. Já o superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Rafael Pavan dos Passos, discutiu os Planos de Prevenção aos Fenômenos Climáticos Severos.

À tarde, os debates foram voltados aos planos de contingência envolvendo proteção animal, segurança de barragens e monitoramento de vazão dos rios. No Painel II – Enfrentamento ao Desastre, especialistas discutiram proteção de direitos humanos, segurança das mulheres e ações de programas sociais em emergências climáticas. O evento também incluiu o lançamento de livros pela Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Rondônia, além de discussões sobre saúde mental, educação e proteção ao consumidor em cenários de crise.

Nesta sexta-feira, 22 de novembro, a programação segue com painéis sobre estratégias de enfrentamento e recuperação diante de calamidades. Pela manhã, está prevista a assinatura do Pacto Nacional para Cidades Sustentáveis e Resilientes a Desastres, além de discussões sobre novas estruturas de gestão. À tarde, o foco será no planejamento urbano-ambiental, saúde psicológica em contextos de desastres e propostas para recuperação econômica no pós-enchentes, encerrando com homenagens.

Fonte: Marcelo Matusiak
Fotos: Marcelo Matusiak e Ana Carolina Lopes

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