AMRIGS acompanha audiência pública que debate venda de “óculos-lupa” em farmácias 

No primeiro dia do mês de novembro, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) esteve presente em Audiência Pública, proposta pelo médico e deputado Thiago Duarte, onde foi debatida a defesa do consumidor e do contribuinte sobre a venda de “óculos lupa” em farmácias.

Durante o evento foram apresentados diversos pontos de falha, seguido da recomendação de não uso, entre eles: má qualidade das lupas, a falsificação dos produtos e a falta de fiscalização. 

A AMRIGS foi representada pelo diretor do Exercício Profissional, Dr. Ricardo Moreira Martins, que esteve junto à mesa para participar da discussão, e ressaltou:

“É preocupante. A primeira causa de morte são as doenças cardiovasculares, e 30% da população é hipertensa, sendo que a retinopatia hipertensiva a mais incidente na população. Quando o paciente chega no oftalmologista com o problema, é ele quem faz o diagnóstico e encaminha para o cardiologista, e não outro médico”. 

O óculos-lupa, vendido em farmácias, é recomendado para o uso em caso de Presbiopia (dificuldade de leitura, vista cansada após os 40 anos). É uma condição comum que acomete a maioria das pessoas que atingem essa faixa etária. O vice-presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (SORIGS), Dr. Bruno Schneider de Araújo, também presente na audiência, afirmou que:

“Mais de três mil doenças de baixa visão precisam de correção. Se buscarem a correção com uso de lupas, uma em cada cinco pessoas vai perecer”.

Roberto Tenedini, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais Ópticos (Sindioptica-RS) e André Roncatto, coordenador da Câmara Brasileira do Comércio de Produtos e Serviços Ópticos, foram unânimes em afirmar que afora a lei de liberdade econômica, a saúde deve vir em primeiro lugar. 

Fonte: Thainá Borelli

Foto: Arthur Boeira