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A cada três segundos, um idoso é diagnosticado com algum tipo de demência no mundo

 As demências crescem não só no país como no mundo. Simpósio em Brasília discutiu importância de se vencer o preconceito com relação às doenças.
O Brasil vai duplicar o número de idosos até 2030, quando a previsão é que 18% da população estejam acima de 60 anos. Esse grupo vai ultrapassar o percentual da população de 0 a 14 anos, que corresponderá a 17% da população e sempre foi maior no país.
Com o avanço da longevidade, o país tem muitos desafios pela frente, um deles, a demência. Doença não letal, a demência provoca a perda da independência do individuo, compromete a memória e a capacidade de tomar decisões, a orientação no tempo e espaço, provoca alteração do comportamento e do raciocínio.  O tema foi assunto do I Simpósio ABRAZ-DF sobre demências, organizado em Brasília, nestasexta-feira (21/10).
No mundo, um caso de demência é diagnosticado a cada 3 segundos. “As demências tornaram-se  uma epidemia mundial. É preciso um despertar urgente para esse problema”, alerta o geriatra Otávio Castello, da Associação Brasileira de Alzheimer do DF.  Para o geriatra, o assunto deve ser abordado, pois a demência é uma doença que precisa ser desmitificada.
Cristina Hoffmann, da Coordenação de Saúde do Idoso apresentou as ações do Ministério focadas nessa população
Hoje, 54% dos idosos com demências têm Alzheimer, 9% possuem demências vasculares e 14% demências mistas, segundo a demógrafa Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os casos de Alzheimer são crescentes ano após ano. Se em 2010, 1 milhão de idosos no Brasil tinham Alzheimer, em 2020 serão 1,6 milhão.
No Sistema Único de Saúde (SUS), somente o Alzheimer, gerou 38,13 milhões de atendimentos ambulatoriais no ano de 2015. Para tratar esses pacientes, o Ministério da Saúde disponibiliza, sob recomendação médica, a rivastigmina, a donepezila e a galantamina.
Além do tratamento com remédios, o SUS oferece a Caderneta do Idoso, que está implantada em mais de 500 municípios e dimensiona e orienta a população idosa nos territórios; o Programa de Qualificação em Saúde da Pessoa Idosa da Unasus (Universidade Aberta do SUS) que já formou mais de 2 mil profissionais no tema e o Melhor em casa, programa que realiza atendimento domiciliar, cujos atendimentos por equipe multiprofissional correspondem a 70% de idosos.
“Os dados demonstram que precisamos lidar com um novo paradigma na saúde, ou seja, focando no cuidado continuado”, avalia a coordenadora de saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann.
Os fatores de risco para as demências também foram tratados no simpósio em Brasília. Entre eles, estão a obesidade, uso de álcool, falta de atividade física e a depressão. Para prevenir doenças, entre elas as demências, o Ministério da Saúde tem trabalhado com programas de incentivo a atividade física, como o Academia da Saúde, que tem 1.165 polos em todos os estados brasileiros, e o incentivo a alimentação saudável, com a divulgação de guias alimentares e a redução do sódio nos alimentos.

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