Caravana Digital AMRIGS traz reflexão e lições da vacinação contra a COVID-19

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Caravana Digital AMRIGS traz reflexão e lições da vacinação contra a COVID-19

Pandemia trouxe aprendizados importantes no complexo plano de vacinação, mas falhas mostram que há muito a evoluir

A pandemia da COVID-19 não só entrará para história, mas deixará lições importantes tanto em processos que funcionaram muito bem como os que não funcionaram. O tema foi abordado na Caravana Digital AMRIGS realizada de forma online na noite desta terça-feira (20/07). O evento foi uma realização da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) com a promoção da AMEPLAN (Passo Fundo) e Secção Regional de Erechim.

A primeira parte da palestra detalhou a complexa organização da chegada das doses de vacina no Rio Grande do Sul.

“Precisávamos debater qual era o objetivo de uma campanha tão massiva da população? Nos voltamos às recomendações da OMS com alguns norteadores especialmente no que diz respeito a manutenção dos serviços mínimos de existência. Lembro de nos questionarmos: se houver uma guerra, quem são as pessoas que precisavam sair?”, afirmou a médica de Família e Comunidade, mestre e doutoranda em Epidemiologia, Diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos.

A secretária municipal de saúde de Passo Fundo, Cristine Castro, falou sobre a realidade no município e os principais desafios que precisaram ser superados.

“Estamos com aproximadamente 15 mil profissionais de saúde atuando, ou seja, um número muito maior do que o estimado quando começou a vacinação. Isso aconteceu por uma série de fatores que incluem ausência de registros e presença de inúmeros de estudantes em várias áreas que inicialmente não haviam sido contabilizados”, disse.

O médico do Trabalho, mestre em endocrinologia e doutorando em Pneumologia, Fábio Dantas Filho, exibiu a experiência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, lembrando que os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) acabaram sendo colocados no centro das questões envolvendo especialmente a preocupação com o afastamento dos trabalhadores da linha de frente. Também foi recordado o momento marcante da primeira pessoa imunizada.

“O mais difícil não foi aquele momento, mas os dias seguintes. Precisávamos nos preparar para uma campanha tão importante envolvendo 14 mil pessoas que trabalham no Hospital de Clínicas”, recordou.

Ao final, o pediatra e nntensivista pediátrico, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações- SBIm, médico da diretoria geral da Vigilância em Saúde – SMS Porto Alegre, membro dos Comitês de Cuidados Primários e Infectologia – SPRS, membro da Comissão Nacional Especializada em Vacinas – FEBRASGO, Juarez Cunha, ressaltou o aprendizado constante vivido no ambiente médico.

“Tudo o que aconteceu nos mostra uma fragilidade muito grande. Impressiona o quanto não estávamos preparados. Tivemos de definir prioridades dentro de prioridades. O PNI, apesar de ser um programa que sabemos que tem muito sucesso, vivenciamos muitas falhas na sua operação”, comentou.

A relevância do assunto no cenário de pandemia foi destacada pela presidente da Secção Regional Erechim, Jaquelina Buaes Graeff e pelo diretor Científico da Associação Médica do Planalto (AMEPLAN), Vinicius Dal Maso. O membro do Conselho de Representantes da AMRIGS, Jorge Cantergi, parabenizou a cidade de Passo Fundo pelo prêmio de campeã de indicadores de vacinação, concedido pelo Governo do Estado. Bruna Regina Arboit, participou representando o Departamento Universitário da AMRIGS.

Fonte: Marcelo Matusiak
Foto: Reprodução de imagem/AMRIGS

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