Pandemia prejudicou o diagnóstico e tratamento dos pacientes com Hepatite C

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Pandemia prejudicou o diagnóstico e tratamento dos pacientes com Hepatite C

Eficácia nos tratamentos ajuda no combate a Hepatite C, mas desafio é ainda encontrar quem tem o vírus e não sabe

O Brasil possui cerca de 600 mil pessoas com o vírus da Hepatite C. Deste total, no entanto, apenas 100 mil são diagnosticados, ou seja, o risco maior está nas pessoas que tem a doença e não sabem. O quadro da pandemia no último ano no Brasil, prejudicou o esforço na testagem e identificação destes pacientes. O alerta foi feito no Ciclo de Palestras AMRIGS, promovido de forma online na noite desta terça-feira (13/07).

“Esperamos que todos consigam se tratar e se curar porque a cura se dá em praticamente 98% dos casos”, destacou o mediador do encontro, o médico nefrologista, Dirceu Reis da Silva

Segundo o médico infectologista, André Luiz Machado, a forma mais comum de transmissão é a parenteral, isto é, contato com o sangue através do compartilhamento de seringas, agulhas ou outros objetos usados para o consumo de drogas. Além disso, há casos de reutilização ou falha no processo de esterilização de equipamentos médicos e odontológicos; falha na esterilização de equipamentos de manicure e reutilização de material para realização de tatuagem. Ainda que em menor número também precisam ser considerados casos de transmissão sexual e vertical (mãe para o recém nascido).

O médico Hugo Cheinquer, professor Titular Doutor de Gastroenterologia e Hepatologia da UFRGS, alertou que o vírus C também provoca doenças no fígado e fora do fígado, havendo casos de diabete, aterosclerose, infarto e acidente vascular cerebral.

“O curioso é que já existe a cura da Hepatite C. É a única doença viral que tem cura, pelo fato de não entrar no núcleo das células, ou seja, uma vez eliminado do corpo ele não se espalha”, explicou.

Um dos quadros que sempre preocupa são os pacientes em tratamento de problemas renais. Segundo o presidente da SGN, Dirceu Reis da Silva, atualmente há sete mil pessoas em diálise.

“Lentamente os casos têm diminuído porque há um controle melhor nas transfusões e em situações nas quais a Hepatite C poderia ser transmitida. Precisamos aproveitar isso e trabalhar de forma intensa o tratamento que é o caminho para a erradicação”, explicou.

No dia 28 de julho, às 19h haverá um evento na AMRIGS promovido pela Sociedade Gaúcha de Nefrologia. O objetivo é falar da certificação de clínicas de diálise livres de Hepatite C.

A realização foi da Associação Médica do Rio Grande do Sul em parceria com a Sociedade Gaúcha de Nefrologia e a Sociedade Gaúcha de Gastroenterologia.

Fonte: Marcelo Matusiak
Foto: Reprodução de imagem/AMRIGS

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