Forte coordenação entre países e decisões baseadas em evidências são essenciais para combater pandemia, afirma OPAS

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Forte coordenação entre países e decisões baseadas em evidências são essenciais para combater pandemia, afirma OPAS

Pontuando que a região das Américas tem notificado cerca de 100 mil casos de COVID-19 por dia, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu uma forte coordenação entre os países e evidências para orientar as ações de líderes e chamou as pessoas a se protegerem e protegerem aos demais do novo coronavírus.

“Os últimos seis meses abalaram nosso mundo. Os próximos seis meses não serão mais fáceis e não podemos baixar a guarda. Para suportar, precisamos confiar em nosso conhecimento crescente sobre o vírus, em nossa capacidade de aplicar esses aprendizados de forma solidária e em nossa determinação inabalável”, afirmou Etienne.

Abordar a pandemia de COVID-19 “requer uma forte coordenação entre os países, um profundo entendimento das tendências epidemiológicas, orientações claras e um fornecimento confiável de produtos de saúde. É tudo o que a OPAS está fazendo ativamente para fortalecer a resposta de nossos Estados Membros”, disse a diretora da OPAS.

Observando que os casos nas Américas chegaram ontem (6) a 5,9 milhões, com quase 267 mil mortes, Etienne ressaltou que, na semana passada, “havia 735 mil novos casos na região, com uma média de mais de 100 mil casos notificados todos os dias”.

O número de casos de COVID-19 nas Américas continua a acelerar, com 20% a mais de casos na semana passada do que na semana anterior, mas novos padrões estão surgindo. “Há dois meses, os EUA representavam 75% dos casos de COVID-19 em nossa região. Na semana passada, registraram pouco menos da metade dos casos, enquanto a América Latina e o Caribe registraram mais de 50% – sozinho, o Brasil registrou cerca de um quarto deles”, disse Etienne em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (7).

Seis meses de COVID-19

Os últimos seis meses trouxeram algumas “surpresas positivas” que confirmaram a resiliência de nossos sistemas de saúde e alguns “desafios inesperados que devemos enfrentar nos próximos meses”, disse Etienne.

Os países da região adotaram medidas preventivas desde o início, criaram rapidamente instalações de emergência e aprimoraram seus sistemas para detectar o vírus. “Esse esforço sem precedentes foi fundamental para manter os um baixo número de casos no início da pandemia – ganhando assim um tempo precioso para preparar nossos sistemas de saúde”.

No entanto, a região precisa enfrentar vários desafios persistentes para controlar a pandemia. Uma prioridade é proteger enfermeiros(as), medicos(as) e outros profissionais de saúde vulneráveis com equipamento de proteção individual adequado, observou Etienne. “Em toda a região, recebemos relatos de trabalhadores da saúde adoecendo no cumprimento de seu dever por falta de equipamento de proteção individual ou devido a condições inseguras de trabalho”. A OPAS forneceu orientação, treinamento e equipamento de proteção individual aos países e continua a apoiá-los “para criar melhores condições de trabalho para os trabalhadores da linha de frente”.

“O estigma em relação à COVID-19 desacelera nossa resposta. Precisamos que as pessoas se sintam seguras e confortáveis para falar e procurar ajuda quando tiverem sintomas para que possamos rastrear contatos e isolar suspeitos mais cedo. Esta é a nossa melhor esperança para controlar a pandemia”, alegou Etienne.

“Os líderes em toda a nossa região devem deixar as evidências orientarem suas ações, concentrando-se no que funciona e unindo as pessoas ao seu redor. Eles têm a responsabilidade de agir de forma transparente e proativa ao mobilizar instituições em cada nação para responder”, sustentou Etienne. As equipes da OPAS e da OMS acompanham de perto as novas evidências e as traduzem em documentos de orientação para países. Até agora, emitimos mais de 100.”

“E cada um de nós tem uma responsabilidade pessoal de se proteger e proteger os outros por meio do distanciamento social e usando máscaras quando recomendado. Mesmo pessoas sem sintomas podem transmitir o vírus, o que significa que todos devem ser cautelosos. Isso também significa que todos podem nos ajudar a superar essa crise”, finalizou a diretora da OPAS.

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Considerações da diretora – 7 de julho de 2020

Coletiva de imprensa – 7 de julho de 2020

Fonte: OPAS/OMS

Foto: Karina Zambrana

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