INCA e Ministério da Saúde comemoram vitórias contra tabagismo e elegem próximos desafios para enfrentar epidemia

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INCA e Ministério da Saúde comemoram vitórias contra tabagismo e elegem próximos desafios para enfrentar epidemia

“O desafio atual para o controle do tabagismo é atingir a população mais vulnerável: os jovens, os de menor renda e menor escolaridade”, afirmou o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer, Luiz Antonio Santini, durante a cerimônia do Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto.

“Temos de organizar nosso trabalho nessa direção; criar estratégias específicas para esse público para reduzir ainda mais a prevalência do tabagismo no Brasil. O número de tabagistas caiu pela metade entre 1989 e 2008, mas ainda temos 25 milhões de fumantes. Isso é uma tragédia sanitária em termos de vidas que podem ser perdidas”, avaliou o diretor.

 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, gravou uma mensagem pela data. “Há 25 anos temos essa data fundamental para a luta pela saúde pública. A luta contra o tabaco tem que ser incansável por aqueles comprometidos com a saúde pública do nosso País. Hoje o Brasil tem mais ex-fumantes do que fumantes, mas não podemos nos contentar com esse resultado. Todos nós sabemos o impacto que o tabaco tem no câncer, nas doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. O Brasil precisa aproveitar a oportunidade da assembleia geral da ONU, em setembro, tendo como tema central de chefes de estado do mundo inteiro as doenças crônicas não transmissíveis para reafirmamos nossa liderança na luta contra o tabaco. Por isso que a presidenta Dilma emitiu Medida Provisória que estabelece aumento dos impostos sobre cigarros. E combinado com isso, uma política geral de preço mínimo do cigarro. É fundamental a mobilização da sociedade, dos amigos da saúde pública para ratificarmos essa Medida Provisória no Congresso Nacional”, conclamou Padilha.

 

A secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), Tânia Cavalcante, frisou a importância de o Congresso Nacional aprovar o mais rápido possível – antes da Assembleia Geral da ONU, nos dias 19 e 20 do próximo mês –  o Projeto de Lei 315/08, que acaba com a existência de fumódromos em recintos coletivos fechados. "Apesar de já ter recebido três pareceres favoráveis dos relatores de diferentes Comissões do Senado, o PL ainda não foi aprovado", criticou Tânia.  

O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado em 1986 por lei da Presidência da República a partir de um projeto enviado seis anos antes pelo deputado Ítalo Conti. Este ano, a data completa seu jubileu de prata. Por isso, foi lançada uma edição temática da Revista Brasileira de Cancerologia, com 15 artigos sobre Tabagismo e Câncer.

 

Durante a cerimônia também foi lançada a publicação A Situação do Tabagismo no Brasil – Dados dos inquéritos do Sistema Internacional de Vigilância do Tabagismo da Organização Mundial da Saúde realizados no Brasil entre 2002 e 2009, organizada pela Divisão de Epidemiologia do INCA, reunindo dados de três pesquisas: Vigiscola (2002-2009), Perfil do tabagismo entre estudantes universitários no Brasil (PETUNI – 2006/2007) e Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab – 2008).

 

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