Artigo: Reconstrução mamária na atualidade

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Artigo: Reconstrução mamária na atualidade

No dia 13 de março de 2018, foi aprovado o projeto de lei que obriga hospitais públicos a informarem às pacientes em tratamento contra o câncer de mama, que a cirurgia reconstrutora da mama afetada será gratuita. É uma ótima notícia para as pacientes, uma vez que muitas não solicitam esse procedimento por falta de informação. A Lei federal nº 12.802, desde 2013 garante às mulheres mastectomizadas o direito de ter suas mamas reconstruídas no mesmo ato cirúrgico (ou em um segundo tempo, o que pode ser variável, dependendo de cada paciente). Os planos de saúde, também cobrem esse tipo de procedimento.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) com base em dados do DataSUS fez um levantamento e apontou que apenas 20% das 92,5mil mulheres submetidas à mastectomia entre os anos de 2008 e 2015 passaram pelo procedimento de reconstrução mamária. A maioria, não pode ser beneficiada pela lei, pois nem todos os serviços que oferecem o tratamento oncológico, dispõe de profissionais habilitados a realizar a reconstrução mamária.
Várias técnicas cirúrgicas são utilizadas para restaurar a mama, considerando-se a forma, a aparência e o tamanho após a mastectomia. Os aspectos clínicos de cada pacientes também serão avaliados.; assim como a revisão das contra-indicações para realização da cirurgia. Diabetes, alergias a materiais e medicamentos, cirurgias prévias, tabagismo, uso de álcool e drogas precisam ser informados ao cirurgião para que as complicações inerentes ao procedimentos sejam amenizadas.
As cicatrizes sempre serão visíveis, mas apesar disso,  a reconstrução da mama é um procedimento física e emocionalmente gratificante para uma mulher que perdeu a mama devido ao câncer. Uma nova mama pode melhorar radicalmente sua autoconfiança e qualidade de vida. Impactando diretamente no bom convívio social, e retorno precoce às atividades laborais quando as pacientes são submetidas à reconstrução mamária imediata. Além disso, procedimentos na mama oposta – não afetada pela doença -, como mamoplastia redutora, mastopexia (levantamento da mama) ou mamoplastia de aumento podem ser recomendados para melhorar a simetria entre as mamas. O prognóstico oncológico não sofre interferência da reconstrução, mantendo-se a indicação da quimioterapia ou radioterapia, sempre que necessário.
Converse com seu médico sobre as opções possíveis para o seu caso. A prevenção ao Câncer de Mama é uma das ações da campanha institucional “Saúde preventiva: Pratique esta ideia!”, desenvolvida pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

Carolina do Amaral 
Médica Mastologista 
Santa Maria ” RS

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