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Ação oferece exames e alerta para aumento dos casos de sífilis

Testes para detectar infecções por sífilis, HIV e hepatite C estarão disponíveis à população nesta quinta e sexta-feiras, 19 e 20, no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público, Centro Histórico. Promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a campanha é motivada pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis, doença que muitas vezes não apresenta sintomas e tem crescido em Porto Alegre e em outras cidades do Brasil. Também haverá uma sala interativa com orientações de prevenção, distribuição de preservativos e atividades educativas.
Das 9h às 18h, serão disponibilizados seis espaços para coleta de sangue e oito consultórios com profissionais de saúde que irão orientar e atender o público. Em caso de confirmação de sífilis, será possível iniciar o tratamento na hora, com a primeira dose de penicilina. Com o tema “Prevenir, testar, tratar e curar”, a ideia é ampliar a conscientização da população para uma doença de fácil identificação e tratamento, mas que continua produzindo muitas vítimas, principalmente entre recém-nascidos.
A forma mais segura de se proteger da transmissão da sífilis é usar camisinha na relação sexual. A sífilis é transmitida por uma bactéria e tem três fases de desenvolvimento, podendo inicialmente não apresentar sintomas. Se não for tratada, no entanto, pode comprometer vários órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. A doença é transmitida na relação sexual sem camisinha, compartilhando agulhas ou seringas ou da mãe infectada para o bebê, durante a gravidez ou no parto, nesse caso chamada de sífilis congênita, que pode causar aborto, má-formação do feto e até a morte do bebê. 
Casos – Em Porto Alegre, os casos de sífilis congênita são acompanhados desde 1995. De acordo com dados da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde da SMS, há um importante aumento do número de casos desde o ano de 2007 (107 casos), chegando a 585 casos, em 2015, e 573, em 2016, incidência de 29 casos por mil nascidos vivos. Já a vigilância epidemiológica da sífilis adquirida teve início em 2011, na Capital. No ano de 2013, foram 910 casos, subindo para 2.497 casos, em 2015, e 1.572 casos registrados no sistema de informação em 2016. Apesar da redução do último ano, se considera que haja grande subnotificação.
“Porto Alegre está com altas taxas de sífilis, por isso o risco de transmissão é maior”, alerta o coordenador da área de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SMS, Paulo Behar. A doença tem tratamento e pode ser prevenida com o uso de preservativo. “É importante fazer o teste e, em caso reagente, iniciar o tratamento para cortar a transmissão”, orienta o infectologista. Os exames para diagnóstico são gratuitos e também podem ser feitos nas unidades de saúde, com início imediato do tratamento. Outras informações podem ser obtidas na unidade de referência, conforme o endereço de moradia.
Campanha pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis
Quinta e sexta-feiras, 19 e 20 de outubro, das 9h às 18h
Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público Central
Testagens para sífilis, HIV e hepatite C, orientações, prevenção e tratamento da sífilis 

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