Outubro Rosa – Câncer de mama ainda é a principal causa de óbitos entre jovens brasileiras

O maior evento mundial por uma causa de saúde é, sem dúvida, o Outubro Rosa. A data remonta à última década do século XX, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990. Hoje, portanto, a campanha remete à cor que simboliza mundialmente a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, de empresas e de entidades.

A patologia é a principal causa de morte em mulheres jovens no Brasil e em 2017, serão quase 60 mil novos casos. Portanto, todas as ações da campanha são, como desde a sua origem, direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce.

Para sensibilizar a população, inicialmente as cidades se enfeitavam com laços na cor rosa, principalmente nos locais públicos. Depois, surgiram outras ações como corridas, desfiles de moda com sobreviventes, partidas de boliche e iniciativas como a iluminação de monumentos, prédios públicos, pontes e teatros.

A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso fez com que a cor rosa assumisse um importante papel, pois se tornou uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.

Um dos tratamentos da doença é a cirurgia radical, a mastectomia. E, apesar de a lei garantir o direito a reconstrução imediata das mamas, somente em 20% das mulheres ela ocorre no mesmo ato operatório, conforme dados da Sociedade Brasileira de Mastologia. Este dado é insensato, uma vez que a lei existe desde 1999, garantindo uma ou duas próteses para os casos em que o procedimento é indicado.

Sabe-se, ainda, que aquelas mulheres que não têm a sua reparação feita no mesmo ato da retirada, em 60% dos casos jamais o farão. Por isso, uma das ações do evento é conscientizar a população sobre o seu direito, obrigando os gestores públicos ou privados a concederem este direito.