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Mãe fala sobre a perda da filha para a dengue

Há menos de um ano, a filha de Rúbia faleceu por causa de uma dengue hemorrágica. A mãe acredita que relato pode conscientizar as pessoas sobre os perigos da doença
A designer gráfico Anelise Dias Giordani, de 28 anos, e a mãe dela, Rúbia Dias , tinham sido diagnosticadas com dengue há poucos dias. Quando Anelise já estava se recuperando em casa, alguns sinais chamaram a atenção: “Aparentemente ela estava até melhor do que eu, com febre e dor no corpo. A minha estava pior já que não estava conseguindo me alimentar, nem nada. No 5º dia,  parece que todos os sintomas voltaram e foi quando o pai dela a levou mais uma vez ao hospital”, relembra a mãe. Mas infelizmente, a doença avançou e Anelise perdeu a vida para a dengue. 
 ” Os médicos prontamente a atenderam e já falaram que o caso dela era grave,  que era dengue tipo D. A gente pensou que ela sairia disso e não saiu”, se emociona a mãe. O vírus da dengue atacou o fígado de Anelise.
Rúbia é enfática em dizer que a morte de Anelise deu forças a ela para alertar a sociedade sobre o perigo do aumento da circulação do Aedes aegypti: “Uma jovem com a vida toda pela frente teve seus sonhos interrompidos. As pessoas acham que esse tipo de coisa só acontece com os outros, mas isso acontece e a dengue mata”, reforça  Rúbia.
Na rotina da casa em Contagem (MG), Rúbia  conta que sempre teve cuidado para que o mosquito, que transmite a dengue,  chikungunya e Zika, não achasse locais para proliferação. “Por exemplo: eu não tenho nada que empoça água e sempre fiscalizamos tudo.  Se sair, fecha até os ralinho do banheiro. Não deixo nada!  Se nós vamos fazer uma reforma pega uma caçamba,  alugo para entulho. Eu nunca achei que só acontecia com o vizinho, me previno”, reforça.
Rúbia ainda afirma que não quer ser responsável por nada de ruim que aconteça com seus vizinhos, como é o caso de uma doença como a dengue, que o ambiente é fator determinante para o aparecimento e favorável para a reprodução do mosquito.  É com  essa consciência, da importância do papel de cada um no combate ao  Aedes aegypti, que a mãe da Anelise finaliza a mensagem:
” Gente, é perigoso! O recado que eu tenho para as mães e que conscientize seus filhos. Mostrem as pessoas a minha situação,  que estou vivendo e que outras mães também viveram. Dói!  Em 12 horas ela se foi e não está aqui mais e agora,  para nunca! Nunca mais tá aqui e eu tenho que conviver todos os dias com essa dor”. 

Campanha
A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para cuidarem do foco do mosquito ao invés de sofrer as consequências da omissão. O relato de Rúbia está entre os exibidos no material.

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