Resposta do Governo do Estado para descaso com o IPE Saúde foi considerada insuficiente pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS)
Após o anúncio da suspensão das atividades na Comissão Paritária do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), o sentimento foi de frustração com o retorno dado pelo Executivo Estadual. A resposta à correspondência foi considerada insuficiente pelo presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto, para restabelecer uma relação equilibrada entre o Estado e os prestadores de serviço ao IPERGS.
– A resposta do Gabinete do Governador não diz nada além do que já é sabido por todos. O fato que se sobrepõe a tudo que foi elencado como pretensos avanços, é que não houve qualquer reajuste na remuneração dos serviços médicos e, pior que isso: não há, por parte do Governo, qualquer aceno de solução para esta situação que vem causando uma crescente desassistência aos beneficiários do Instituto – afirmou.
Há cinco anos sem nenhum tipo de reajuste dos honorários, os médicos temem pelo futuro do atendimento dos funcionários públicos e se negam a ser coniventes com o desmonte da estrutura.
– Não há como as entidades médicas retornarem ao Grupo Paritário para continuar exercendo o papel de um “zero à esquerda”, sem nenhum indício ou perspectiva de melhora na defasada remuneração dos serviços médicos. Se não houver um fato novo na relação dos médicos com o IPERGS, não vislumbro solução viável para restabelecer uma assistência médica minimamente adequada aos funcionários públicos estaduais e seus dependentes – completou.
O documento sobre a suspensão das reuniões da Comissão Paritária foi assinado de forma conjunta pelas entidades médicas gaúchas: Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS) e entregue ao governador José Ivo Sartori.
Abaixo o ofício recebido do Gabinete do Governador.