Porto Alegre sediará, no fim desta semana, o 7º Encontro Nacional do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, com apoio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV). O evento ” que será realizado entre quinta-feira (22/09) e domingo (25/09) no Hotel Continental, Centro ” é resultado de um subprojeto firmado entre o DDAHV e a Associação de Pessoas Vivendo com HIV/Aids do Rio Grande do Sul (APVHA/RS), selecionado por meio do edital público 01/2016. “Este evento é exemplo de uma bem-sucedida parceria do governo com a sociedade civil”, disse a diretora do DDAHV, Adele Benzaken. O objetivo do encontro é promover a reflexão conjunta sobre a saúde integral das mulheres vivendo com HIV/aids (MVHA).
Ao longo dos quatro dias, integrantes do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP) de todo o país participarão de painéis temáticos, rodas de conversa, grupos de trabalho, oficinas e discussões sobre a diversidade e as especificidades vividas pelas MVHA. A ideia é dar visibilidade a espaços em que o Movimento atua e enumerar os que ainda precisam ser ocupados; articular agendas conjuntas com outros movimentos de mulheres em que o HIV/aids é transversal; e construir um relatório e encaminhamentos para a 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher e outras instâncias. Também em pauta, vulnerabilidades e os direitos humanos, sexuais e reprodutivos das MVHA ” além da violência, do racismo, do estigma e da discriminação a que estão sujeitas.
“Esse encontro representa uma oportunidade para o fortalecimento das mulheres vivendo com HIV/aids que estão conosco construindo seus direitos e uma vida com qualidade”, afirma a assessora técnica da Coordenação de Prevenção e Articulação Social do DDAHV Elisiane Pasini, que participará da abertura do evento e do Grupo de Trabalho 1 ” Racismo, Estigma e Discriminação ” na sexta-feira.
METODOLOGIA ” Durante o evento, “anfitriãs” receberão as participantes, farão exposição conceitual sobre as temáticas propostas e criarão um espaço de interação em que todas serão motivadas a relatar diagnósticos locais; a criar estratégias de enfrentamento; e a compreender a interface dos assuntos abordados com outros temas. As contribuições serão registradas em cartolinas por temas (desafios, estratégias e encaminhamentos) para serem debatidas posteriormente, em plenária.
No sábado será exibido o filme “Meu Nome é Jacque” (Brasil, 2016), de Angela Zoé. O documentário é uma reflexão sobre a diversidade a partir da história de vida de Jacqueline Rocha Côrtes, mulher transexual brasileira, militante, vivendo com HIV/aids. Na sequência, haverá um debate mediado pela assessora técnica do DDAHV Alícia Krüger.