Saiba sobre a grande importância da pequena glândula tireoide

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Saiba sobre a grande importância da pequena glândula tireoide

Você sabia que 10% da população apresentam alguma disfunção na tireoide” Esse dado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) reforça a importância de cuidar dessa glândula, responsável por produzir os hormônios T3 (tiiodotironina) e T4 (tiroxina) que regulam funções de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Por isso, é fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.
A cada 10 casos de disfunção na tireoide, nove são em mulheres. Os tipos de disfunções mais comuns são o hipertireoidismo, quando a tireoide libera hormônios T3 e T4 em excesso, e o hipotireoidismo, em quantidade insuficiente.
Algumas alterações no corpo podem indicar alteração na tireoide. A diretora do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Gisah Carvalho, explica que o aumento de peso, não mais que 10% do peso corporal, é um dos sinais de alteração das funções da tireoide. “A tireoide é responsável pelo metabolismo. Ela atua em quase todos os órgãos, inclusive na temperatura corporal e no gasto energético. Quando corrigida a disfunção, o peso volta ao normal”, explica a endocrinologista. Ela reforça que o aumento de peso é discreto e esclarece que a relação da obesidade e ganho de peso com a disfunção da tireoide é um mito. 
A alteração da tireoide também pode causar depressão. “Normalmente, cerca de 30% a 40% do hipotireoidismo apresentam depressão. Sempre é importante paciente com depressão fazer avaliação da função da tireoide”, avalia. Outros sinais da disfunção na tireoide são cansaço, desânimo, diminuição da memória, alteração da menstruação, alteração do sono, pele seca, inchaço, obstipação, dificuldade de concentração e variação de humor.

DIAGNÓSTICO
A disfunção na tireoide pode ocorrer em qualquer etapa da vida. O problema é simples de se diagnosticar e o tratamento pode salvar a vida da pessoa. O exame de sangue para dosagem do TSH, hormônio que estimula a tireoide, é o teste mais robusto, sensível e confiável para detectar alteração nas funções da glândula. De acordo com o nível do TSH é possível identificar se o paciente tem hipotireoidismo, hipertireoidismo e/ou tumor. 
O tratamento para regular o funcionamento da tireoide é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), com a oferta a de Levotiroxina sódica, na composição de 25mg, 50mg e 100 mg, utilizado no balanço hormonal. Em 2015, foram realizadas no SUS 9,3 milhões de dosagem de T4 e T4 Livre e 1,9 milhão de dosagem de T3, exames para identificar disfunção na tireoide.

Quando fazer o exame de nível de TSH:
” Teste do pezinho
” Primeiro trimestre da gestação
” Mulheres acima de 35 a cada 5 anos
” Mulheres na menopausa anualmente
O câncer de tireoide é raro. Geralmente aparece após um longo período de disfunção da glândula. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 6.960 casos novos de câncer na tireoide em 2016, sendo 1.090 para o sexo masculino e 5.870 para o sexo feminino. “De 4% a 7% das pessoas apresentam nódulos clinicamente identificáveis com a palpação. Desses nódulos, 5% serão malignos. No entanto, os exames são simples e a grande maioria tem bom prognóstico com o tratamento adequado”, explica Carvalho.
ALERTA PARA O HORMÔNIO T3
A endocrinologista também faz um alerta sobre o risco de usar indevidamente o hormônio T3 para emagrecimento. “Não se deve usar o hormônio tireoidiano para perder peso. Isso gera risco à saúde. Você emagrece rápido, mas com perda de massa muscular e óssea, além de taquicardia e arritmia”, alerta Gisah Carvalho. Ela explica que, ao parar o uso do hormônio, a pessoa voltará ao peso inicial, sem a reposição da massa muscular e óssea.
A analista de Sistemas Henriette Ferreira , por exemplo, sofreu os efeitos do uso do hormônio da tireoide para emagrecer. Ela conta que depois de um período usando remédios para emagrecer começou a sentir cansaço, desânimo e fadiga. Foi constatado hipotireoidismo causado por um dos medicamentos que tinha o hormônio da tireoide na composição. “O médico disse que isso sobrecarregou a minha tireoide”. Por causa disso, Henriette precisa fazer uso contínuo de T3 e T4 para regular o nível dos hormônios.

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