Estado realiza compra excepcional de penicilina para tratamento de sífilis

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Estado realiza compra excepcional de penicilina para tratamento de sífilis

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou a compra de 21 mil frascos de Benzilpenicilina benzatina, utilizada para o tratamento de sífilis. A aquisição do antibiótico seria de responsabilidade dos municípios, que, há cerca de um ano, encontram dificuldade em adquiri-lo em quantitativos menores. Por isso, o Governo do Estado optou por centralizar a compra e, assim, garantiu um estoque suficiente para tratar 3,5 mil pessoas por um ano. Isso representou um investimento de R$ 158 mil. 
Os laboratórios produtores do medicamento estão com dificuldades em atender às demandas isoladas dos municípios, em virtude de problemas na aquisição da matéria-prima importada. O pedido já foi entregue à SES, e a distribuição terá como critério principal a destinação a municípios que neste momento estão sem estoque do produto. 
O antibiótico é a primeira e mais eficaz escolha para o tratamento de sífilis. Trata-se de uma injeção intramuscular simples, aplicada uma vez por semana por até três ocasiões. Esse medicamento pode ser aplicado em qualquer unidade básica de saúde e é recomendado para a mulher e parceiro ou parceira. Caso não venha a ser tratada, a doença pode causar complicações no sistema nervoso central, deixando graves sequelas. Além disso, a lesão na vagina da mulher também causa preocupação por aumentar as chances de infecção ao HIV.
 
Sífilis no RS
 
A sífilis é um grave problema de saúde no Rio Grande do Sul. De 2010 até junho de 2015, mais de 17 mil pessoas já foram diagnosticadas com a infecção. Entre 2012 e 2014, os registros por ano mais do que dobraram, passando de 2,5 mil para 5,7 mil casos novos identificados. 
A sífilis também é investigada em gestantes durante o pré-natal. Foram mais de 6,5 mil mulheres diagnosticadas de 2010 até junho de 2015, sendo 1,8 mil somente em 2014, o ano com números fechados mais recente. A grávida também pode passar a sífilis para o bebê, com mais de mil casos congênitos registrados em 2014. Por isso, é necessário que todas as gestantes tenham o exame solicitado pelo menos duas vezes durante o pré-natal e no momento do parto. É importante que o parceiro também seja testado.

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