Ao homenagear as mulheres, a AMRIGS resgata a história de Rita Lobato, primeira mulher a se formar médica no Brasil

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Ao homenagear as mulheres, a AMRIGS resgata a história de Rita Lobato, primeira mulher a se formar médica no Brasil

Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira médica brasileira. Nasceu no Rio Grande do Sul e formou-se na Bahia, em 1887

A Faculdade do Terreiro, em Salvador (BA), guarda muitas raridades, como o registro de 1849, quando a instituição passou a aceitar alunas. A primeira a ter coragem de enfrentar a resistência masculina foi a gaúcha Rita Lobato Freitas (nome de casada), nascida Rita Lobato Velho Lopes, em 1866, na cidade de Rio Grande. Freqüentou o curso secundário em Pelotas e demonstrou, desde cedo, vocação para a Medicina. Com o apoio dos pais, Rita estudou medicina no Rio de Janeiro e transferiu-se para a Faculdade da Bahia, onde foi a primeira mulher em 80 anos de instituição.

Foi uma luta árdua para vencer o preconceito e lograr o diploma do curso. Com determinação, Rita conseguiu se formar em apenas quatro anos em um curso que durava seis. Seu pai a acompanhava todos os dias à faculdade do Terreiro, ficando sentado em frente à praça, aguardando o fim das aulas. Foi assim até se formar em 10 de dezembro de 1887.
Uma justa homenagem à médica pioneira se deu através de despacho do professor José Tavares-Neto, então diretor da Faculdade de Medicina da UFBA, ao encaminhar proposta que a reitora da UFBA, Dora Leal Rosa, apresentou oralmente, após participar da reunião da Congregação da faculdade, no dia 5 de Outubro de 2010, de que o atual prédio da FMB/UFBA no Campus do Canela passe a ser denominado de Anexo ou Pavilhão de Aulas da Faculdade de Medicina da Bahia “Doutora Rita Lobato Velho Lopes”, homenagem a primeira médica formada pela instituição.
Em 2014, os homens eram maioria dos médicos no país (57,5% do total), mas, segundo recente pesquisa realiza pelos conselhos Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e Federal de Medicina (CFM), há uma tendência de feminização da medicina no Brasil. Desde 2010, há mais registros de mulheres que de homens. Em 2011, 52,6% dos médicos eram mulheres e no ano passado, esse número já correspondia a 54,8% do total. 

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