Rio Grande do Sul deixa de depender do Pará para exames de Chikungunya

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Rio Grande do Sul deixa de depender do Pará para exames de Chikungunya

FEPPS/IPB-Lacen implanta diagnóstico e cessa envio de amostras para Belém do Pará
De forma a integrar as demais ações da Secretaria Estadual da Saúde, a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), através do Laboratório Central do Estado (IPB-LACEN), dá um passo importante no diagnóstico e monitoramento das doenças causadas pelo vetor Aedes aegipty. Acaba de ser implantada a metodologia RT-PCR (Reverse Transcription Polymerase Chain Reaction) e ELISA IgM (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e já estão sendo processadas as amostras para casos clínicos suspeitos de Chikungunya. Já foram disponibilizados pelo Sistema de Gerenciamento de Análises Laboratoriais (GAL), 86 resultados. Anteriormente, de acordo com orientação do Ministério da Saúde, as amostras foram enviadas por cerca de dois anos para o Instituto Evandro Chagas no Pará, norte do País, com um prazo mais prolongado para processamento e liberação do resultado final, somado aos elevados custos de logística com transporte aéreo especializado. Com a técnica sendo executada no Rio Grande do Sul, o tempo de processamento das amostras, em condições ideais, foi reduzido para 24h, para atendimento da população pelo SUS.
O diretor do Lacen, Fernando Kappke, destaca a competência técnica, a confiabilidade dos resultados gerados e o reconhecimento em nível nacional do IPB-Lacen. Lembrou ainda que o Laboratório Central gaúcho atende com excelência e é efetivo no diagnóstico de dengue, tanto nas análises de vetores quanto nas amostras suspeitas de pacientes, neste caso com quatro técnicas implantadas, tendo obtido neste mês 100% de aprovação no Ensaio de ELISA IgM e 100% de aprovação no Ensaio de Antígeno NS1 na Proficiência em Dengue relacionado ao Programa de Avaliação Externa da Qualidade – AEQ 2015. “No entanto, é preciso observar, em relação à rotina analítica, os critérios epidemiológicos definidos pelos fluxogramas para Dengue, Zika e Chikungunya, pois a agilidade no processamento depende dos dados e informações como início dos sintomas, vacina de Febre Amarela, histórico de viagem, que precisam ser encaminhados pelas unidades de saúde”, destacou.
O diretor relata que após a disponibilização dos insumos pelo Ministério da Saúde, a metodologia de RT-PCR foi devidamente validada e inserida na rotina analítica pela bióloga, mestre em Genética e Biologia Molecular e doutora em Biologia Celular e Molecular Tatiana Schaffer Gregianini. A técnica de ELISA IgM está sob responsabilidade da biomédica e mestre em Patologia Investigativa Gabriela Luchiari Tumioto Gianinni e da médica-veterinária Nara Druck Sanberg. Todas integrantes da equipe da Seção de Virologia, coordenada pela farmacêutica-bioquímica Zenaida Marion Alves Nunes. Atualmente o IPB Lacen aguarda junto à Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública CGLAB/SVS/MS, a liberação dos insumos para os diagnósticos de Zika vírus pela metodologia de RT-PCR.

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