Estado e municípios assinam Carta de Paris na luta contra a Aids

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Estado e municípios assinam Carta de Paris na luta contra a Aids

O governador José Ivo Sartori participou, na quinta-feira (10), da assinatura de adesão de 15 municípios à Carta de Paris, documento de 2014 que marcou o Dia Mundial de Luta contra a Aids, quando prefeitos de todo o mundo se reuniram na capital francesa para buscar soluções para a epidemia da doença do mundo.
No Rio Grande do Sul assinaram a Carta representantes dos municípios considerados prioritários no enfrentamento à Aids: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Esteio, Guaíba, Gravataí, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio Grande, Santana do Livramento, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Uruguaiana e Viamão. Entre os compromissos da declaração está o alcance das metas 90-90-90 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), que significa ter, até 2020, 90% das pessoas que vivem com HIV sabendo que têm o vírus; 90% das pessoas diagnosticadas com HIV recebendo tratamento antirretroviral; e 90% das pessoas em tratamento antirretroviral com carga viral indetectável.
“A adesão à Carta de Paris é um compromisso para reduzirmos os números da doença nos próximos anos e é também um alerta para que a mobilização cada vez se amplie mais”, garantiu o governador, que citou ainda a prevenção e o tratamento precoce como essenciais para garantir uma boa sobrevida aos portadores de Aids.
Os indicadores de Aids no estado ainda são preocupantes, principalmente em relação às taxas de detecção, bem superiores aos da Região Sul e ainda mais aos índices do Brasil. Enquanto no estado foram detectados, no ano passado, 38,3 casos para cada 100 mil habitantes, a Região Sul registrou 28,7 notificações para 100 mil e, no Brasil, as taxas foram de 19,7 pessoas a cada 100 mil. “Mudar este cenário vai exigir de todos nós um grande empenho. Temos de somar forças, como está se fazendo aqui, e formar parcerias para que a trajetória destes números tenha uma queda acentuada”, acrescentou Sartori. 
Segundo o secretário da Saúde, João Gabbardo, o Rio Grande do Sul é o primeiro estado brasileiro a assumir que, até 2020, cumprirá as metas estipuladas. “Hoje temos no estado 84% das pessoas com HIV diagnosticado. Temos 49% destes pacientes em tratamento, e ainda 71% com carga viral zerada”. Antigamente as pessoas que portavam o vírus não tinham possibilidade de acesso a medicamentos e enfrentavam uma previsão de longo sofrimento, declarou Gabbardo, ressaltando que hoje a situação é outra “as pessoas podem viver normalmente, há medicamentos para manter a pessoa com absoluta saúde e, com isso, evitar a transmissão para outras pessoas”.
Ao final deste ano serão aproximadamente 16 milhões de pessoas vivendo com HIV em tratamento no mundo todo, segundo a presidente da Unaids Brasil, Georgina Braga Orillard. “Em 2014, o Rio Grande do Sul apresentou uma das maiores taxas de detecção de Aids no Brasil. São mais de 4 mil casos de notificações por ano aqui no estado, mas também tem mostrado uma queda progressiva no coeficiente de mortalidade nos últimos 10 anos. O trabalho tem dado resultado, mas o compromisso que assumimos hoje pede mais. Temos que acelerar essa resposta se quisermos realmente acabar com essa epidemia”.
Estiveram presentes na cerimônia o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, César Faccioli; a representante do Ministério da Saúde Adele Benzaken; prefeitos e representantes municipais.

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