Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a subnotificação dos casos de intoxicação por agrotóxicos é da ordem de 1 para 50, ou seja, para cada caso notificado, há 50 não notificados (PETERSEN, 2015). A exposição ocupacional e/ ou ambiental a agrotóxicos está relacionada a diversos efeitos sobre a saúde humana, seja através da intoxicação aguda ou crônica, podendo apresentar manifestações subclínicas, até casos fatais. A exposição humana ao agrotóxico representa um importante problema de saúde pública, para o qual a vigilância em saúde vem buscando definir e implementar ações de prevenção e promoção à saúde.
A Portaria Nº. 1.271/2014 do Ministério da Saúde redefiniu a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A notificação de intoxicação exógena passou a ser obrigatória para todos os profissionais e serviços de saúde públicos ou privados (BRASIL, 2014).
A ferramenta de registro dos agravos discriminados na Portaria Nº. 1.271/2014 é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), cuja Ficha de Investigação para intoxicação exógena, que inclui intoxicação por agrotóxicos, está disponível
neste link.
Os principais sinais e sintomas que caracterizam a intoxicação aguda por agrotóxicos são: irritação de pele, mucosas e vias aéreas superiores, cefaleia, náusea, vômitos, tontura, diarreia, dor epigástrica, cólicas abdominais, sudorese e salivação excessivas, dispneia, hipersecreção brônquica, agitação/confusão mental.
A tabela disponível
neste link apresenta um resumo das vias de exposição, sinais e sintomas da intoxicação aguda, por grupo químico.