Congresso de educação médica discute novas diretrizes curriculares

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Congresso de educação médica discute novas diretrizes curriculares

A Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), sedia  desde quinta-feira (21), o XVIII Congresso Gaúcho de Educação Médica (CGEM). A organização local é do Curso de Medicina da ULBRA, que conta com a participação dos cursos de medicina do Estado filiados à Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). O maior evento de educação médica do Rio Grande do Sul acontece até o dia 23, no campus Canoas. O congresso, que neste ano tem mais de 600 inscritos, tem como tema as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina 2015.
Na cerimônia de abertura, o Reitor da ULBRA, Marcos Fernando Ziemer, destacou a alegria da instituição em receber um evento de tamanha importância para a educação médica. Mencionou a grande participação de professores e universitários de instituições de ensino público e particular de todo o Estado. “Defendo que as universidades conversem mais, interajam mais, troquem experiências, pois com certeza desenvolvem projetos de qualidade em seus cursos. Esta troca é fundamental para o processo de formação universitária”, enfatizou.
O presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto, reafirmou o apoio integral da associação médica ao congresso e ressaltou o trabalho das 13 escolas médicas do Estado, representadas por mais de 600 participantes. “Podemos ver a grande quantidade de jovens presentes aqui hoje, nossos futuros colegas da classe médica gaúcha,  alunos de instituições que empenham constantemente seus melhores esforços para a formação qualificada e ética dos estudantes de medicina”.
Para o presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), Sigisfredo Benelli, o tema do encontro é uma preocupação da ABEN e deve ser discutido amplamente. Lembrou que as atuais diretrizes foram construídas sem a participação dos médicos e que não contemplam as reais necessidades para uma formação de qualidade. “A ABEN está preocupada com a formação do médico que o país precisa, das pressões sociais que os médicos estão passando. E entende muito bem os riscos que a população possa estar exposta, daqui 30 anos, quando tivermos praticamente oito médicos para cada mil habitantes, formados por instituições sem o mínimo de estrutura, sem professores com capacitação adequada.”
Léo Doncatto, coordenador do Curso de Medicina da ULBRA, agradeceu a confiança depositada na Instituição para a realização deste grande evento da categoria médica no qual está sendo discutido o futuro da formação destes profissionais. Destacou a realização das Ligas Acadêmicas, que estão debatendo as diretrizes em suas áreas, e comprometidas com o futuro da educação médica do Estado. “O congresso cria a união das escolas médicas de todo o RS. Entendemos que o crescimento tem que acontecer com todos juntos”, completou.
Em comum, todos destacaram a importância do debate sobre as diretrizes para o futuro da medicina no Brasil. Lembraram que as novas diretrizes curriculares, implantadas em 2014, não tiveram em sua construção a participação de médicos e professores, e foram feitas de forma rápida e com pouca discussão, sendo este Congresso o momento para que sejam amplamente debatidas.

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