Às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, uma pesquisa do Ministério da Saúde traz boas notícias: o Brasil registrou uma redução de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam o hábito de fumar, índice que passou para 10,8% em 2014, segundo dados do Vigitel ( Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
No mesmo período, Porto Alegre também registrou queda no número de fumantes, embora inferior à verificada no país: o percentual de fumantes na Capital gaúcha passou de 21,2%, em 2006, para 16,4%, em 2014, uma redução de 22,6%. O índice mantém Porto Alegre como a capital com o maior percentual de fumantes do país.
O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, considera positiva a diminuição do índice e espera que medidas como a recente regulamentação da Lei Antifumo Nacional contribuam para o esclarecimento da população em relação à importância de parar de fumar, ou, melhor: de nem começar. Ele lembra que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é fator de risco para mais de 50 doenças e é considerado a principal causa isolada de morte evitável em todo o mundo. É responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis e fator de risco importante para doenças como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gástrica, impotência sexual, infertilidade, osteoporose
Auxílio para parar ” O atendimento para quem deseja parar de fumar está disponível pelo SUS. A Secretaria Estadual da Saúde fornece capacitação profissional e distribui medicamentos para tratamento contra o tabagismo aos municípios do Interior do Estado, enquanto o Ministério repassa para a cidade de Porto Alegre. O usuário que precisa do tratamento deve entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade ou procurar a unidade básica de saúde mais próxima para se informar sobre a oferta do serviço em seu município.
Lei Antifumo ” Em 2014, a regulamentação da Lei Antifumo Nacional proibiu o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo.